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A Banalização do Diagnóstico de TDAH

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O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é considerado pela medicina como um comportamento dimensional, isto é, só a partir de uma análise aprofundada sobre os seus sintomas que pode ser diagnosticado. Entretanto, tratando-se de uma condição que possui como principais aspectos a impulsividade e a desatenção, há uma banalização quanto ao seu diagnóstico, o que implica o tratamento inadequado de pessoas que sequer têm esse distúrbio. Diante disso, é evidente que o problema em questão merece um olhar mais crítico de enfrentamento.

Em primeiro lugar, destaca-se o atual modelo de expectativas de uma sociedade acelerada como fator determinante da trivialização de prescrições médicas a respeito do TDAH. Acerca disso, é pertinente mencionar o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o qual entende que, na época atual, vive-se em uma sociedade líquida, onde existe o ideal de aceleração que contribui para a desordem. Sob esse viés, em um meio social que preza pela aceleração, pessoas que não conseguem cumprir com as exigências sofrem com o julgo desse ambiente que se liquefaz, proporcionando, desse modo, a ocorrência de diagnósticos equivocados.

Em segundo lugar, é válido situar a pouca consciência quanto à temática por parte da população como promotora da problemática. Isso porque, de acordo com o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir quando esse tiver acesso à informação prévia. Decerto, ao observar o contexto da propagação de diagnósticos errôneos, verifica-se a falta de conscientização, visto que a sociedade está a mercê desse quadro e não o procura combater. Assim, tal postura é inconcebível em uma sociedade que vise ao zelo coletivo e, por isso, precisa ser eliminada.

Faz-se mister, portanto, que o Ministério da Saúde intervenha no assunto em debate conscientizando os cidadãos, com o intuito de mitigar essa banalização de indicações do Transtorno de Hiperatividade. Isso será feito por intermédio de palestras e anúncios publicitários. Logo, uma sociedade precavida poderá combater a desordem.

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4 Correções

  1. Vou te ajudar com base no que sei, pois sou iniciante.
    INTRODUÇÃO: eu achei perfeita.
    D1 e D2: começou desenvolvendo bem, mas quando citou o Bauman teve que explicar mais, ficou meio confuso. No D2 ficou ótimo citar o Durkheim. Ah, e no começo do D2 em vez de “segundamente” eu usaria “ademais” ou outra conjunção.
    CONCLUSÃO: colocou agente, ação, meio/modo e finalidade, mas faltou o detalhamento.
    Seu texto tá muito bom, você escreve bem. Bons estudos sz

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  2. Olá, vou tentar corrigir de acordo com o modelo enem

    Introdução: Sua introdução está perfeita, com contextualização, tese e um complemento que deixam bem claro o tema da redação, só toma cuidado com o tamanho, dependendo da sua letra esse paragrafo pode ficar muito grande e isso não fica bom.
    D1 e D2: Você começou desenvolvendo bem, mas acho que usar o Bauman não foi tão legal, acabou que você precisou explicar mais sobre o que ele fala do que sobre o próprio tema. Já sobre Durkheim eu achei mais pertinente ao assunto, parece que ficou mais coeso.
    Conclusão: Está ótimo, só senti falta do detalhamento de alguma informação, que é uma parte muito importante mesmo.

    Espero ter ajudado :)

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  3. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é considerado pela medicina como um comportamento dimensional, isto é, só a partir de uma análise aprofundada sobre os seus sintomas que pode ser diagnosticado. Entretanto, tratando-se de uma condição que possui como principais aspectos a impulsividade e a desatenção, há uma banalização quanto ao seu diagnóstico, o que implica (1)o tratamento inadequado de pessoas que sequer têm esse distúrbio. Diante disso, é evidente que o problema em questão merece um olhar mais crítico de enfrentamento.

    1 – implica no
    Observação: Recomenda-se antecipar as teses do D1 e D2 na introdução.
    Em primeiro lugar, destaca-se o atual modelo de expectativas de uma sociedade acelerada como fator determinante da trivialização(2) de prescrições médicas a respeito do TDAH. Acerca disso, é pertinente mencionar o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o qual entende que, na época atual, vive-se em uma sociedade líquida, onde(3) existe o ideal de **aceleração(4) que contribui para a desordem. Sob esse viés, em um meio social que preza pela **aceleração, pessoas que não conseguem cumprir com as exigências sofrem com o julgo desse ambiente que se (2)liquefaz, proporcionando, desse modo, a ocorrência de diagnósticos equivocados.
    2 – aspas(marcas de oralidade).
    3 – ‘onde’ somente para se referir a locais.

    4 – vírgula

    ** – evitar repetição de palavras próximas.

    Análise da argumentação: O uso de termos muito abstratos prejudicou a sua argumentação. Você fala que existe um ideal de aceleração, que contribui para a desordem, mas como isso ocorre na prática, concretamente? Além disso, ter focado muito em “aceleração” e “sociedade líquida” tirou um pouco o foco do TDAH e fez parecer que você estava falando de outro tema. Por isso, recomendo você focar mais no tema, e tentar trata-lo como um problema real, evitando conceitos metafóricos e dando exemplos práticos.
    Em segundo lugar, é válido situar a pouca consciência quanto à temática por parte da população como promotora da problemática. Isso porque, de acordo com o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir quando esse tiver acesso à informação prévia. Decerto, ao observar o contexto da propagação de diagnósticos errôneos, verifica-se a falta de conscientização, visto que a sociedade está a(5) mercê desse quadro e não o(6) procura combater. Assim, tal postura é inconcebível em uma sociedade que vise ao zelo coletivo e, por isso, precisa ser eliminada.
    5 – crase
    6 – esse ‘o’ teria de vir depois do ‘procura’.

    Análise da argumentação: Tenta usar mais estratégias argumentativas para comprovar que a falta de conscientização contribui para a banalização dos diagnósticos de TDAH. Você usou um bom repertório, mas argumentou superficialmente, então o que recomendo mesmo é estudar argumentação na redação do ENEM.
    Faz-se mister, portanto, que o Ministério da Saúde(agente) intervenha no assunto em debate(ação)(7) conscientizando os cidadãos, com o intuito(finalidade) de mitigar essa banalização de indicações do Transtorno de Hiperatividade. Isso será feito por intermédio de palestras e anúncios publicitários(meio). Logo, uma sociedade precavida poderá combater a desordem.
    7 – vírgula
    C1 : 160
    C2: 200
    C3: 160
    C4: 200
    C5: 160

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  4. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é considerado pela medicina como um comportamento dimensional, isto é, só a partir de uma análise aprofundada sobre os seus sintomas que pode ser diagnosticado. Entretanto, tratando-se de uma condição que possui como principais aspectos a impulsividade e a desatenção, há uma banalização quanto ao seu diagnóstico, o que implica o tratamento inadequado de pessoas que sequer têm esse distúrbio. Diante disso, é evidente que o problema em questão merece um olhar mais crítico de enfrentamento.

    *boa introdução, não encontrei erros.

    Em primeiro lugar, destaca-se o atual modelo de expectativas de uma sociedade acelerada como fator determinante da trivialização de prescrições médicas a respeito do TDAH. Acerca disso, é pertinente mencionar o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o qual entende que, na época atual, vive-se em uma sociedade líquida, onde(1) existe o ideal de aceleração que contribui para a desordem. Sob esse viés, em um meio social que preza pela aceleração, pessoas que não conseguem cumprir com as exigências sofrem com o julgo desse ambiente que se liquefaz, proporcionando, desse modo, a ocorrência de diagnósticos equivocados.

    1- “Onde” só é usado para se referir a lugares. Troque por “na qual”, por exemplo.

    Em segundo lugar, é válido situar a pouca consciência quanto à temática por parte da população como promotora da problemática. Isso porque, de acordo com o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir quando esse tiver acesso à informação prévia. Decerto, ao observar o contexto da propagação de diagnósticos errôneos, verifica-se a falta de conscientização, visto que a sociedade está a mercê desse quadro e não o procura combater. Assim, tal postura é inconcebível em uma sociedade que vise ao zelo coletivo e, por isso, precisa ser eliminada.

    *também não encontrei erros. Boa argumentação.

    Faz-se mister, portanto, que o Ministério da Saúde(agente) intervenha no assunto em debate conscientizando os cidadãos(1), com o intuito de mitigar essa banalização de indicações do Transtorno de Hiperatividade(finalidade). Isso será feito por intermédio(meio) de palestras e anúncios publicitários. Logo, uma sociedade precavida poderá combater a desordem.

    1- conscientizar é um termo vago, ele vale como finalidade, mas não como ação, use algo concreto. Tal fato está exposto na cartilha que o Inep disponibiliza para os corretores, dê uma lida.
    *Senti falta do detalhamento.

    C1: 180
    c2: 200
    c3:200
    c4: 200
    c5:140

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