A automedicação na sociedade brasileira

Em 1999, foi criada a ANVISA, tendo como um dos seus objetivos, a regulamentação e a fiscalização da venda de medicamentos no Brasil. A principal causa das mortes por intoxicação no país, é devido à automedicação, prática bastante comum e intensificada em países que o sistema púbico de saúde não consegue suprir as necessidades de todos.

Estima-se que apenas 8% da população brasileira nunca se automedicou. O consumo de fármacos sem prescrição médica tornou-se uma atividade comum no Brasil. Sobretudo, por aqueles em que é inviável buscar orientação de um profissional. Esta prática, além de colocar em risco a vida do paciente, pode acarretar em diversas modificações em seu organismo, assim como, ocultar possíveis patologias.

A desenfreada compra de medicamentos por conta própria, prejudica o consumidor, mas acaba por beneficiar o produtor, sendo ele um dos principais “financiadores” da automedicação. Isso porque também não há controle das propagandas que tendem a induzir o cliente a adquirir drogas que, supostamente, curariam sua dor. Este consumo irracional, tornou-se parte de uma “cultura”, na qual o brasileiro, com toda a sua coragem, resolveu vencer a barreira da precariedade da saúde pública com uma arma letal, literalmente, à ele mesmo.

Em suma, a automedicação na sociedade brasileira, acelerada pela carência do sistema público de saúde, encarece de uma política eficaz que vise fiscalizar rigorosamente todas as vendas de medicamentos. Não o bastante, é necessário uma reformulação no SUS, com o intuito de torná-lo mais acessível e eficiente à fim de conseguir atender á maior parte da população evitando que ela recorra à automedicação.