A apropriação cultural em questão no Brasil

Durante o século XIX, com a dominação europeia, os povos indígenas e africanos foram proibidos de seguir suas religiões, hábitos e costumes. Hodiernamente, esses grupos minoritários estão sofrendo com a apropriação cultural, um problema que necessita ser enfrentado organizadamente no Brasil. Logo, convém analisar esse quadro ligado ao interesse lucrativo das empresas e à disseminação da visão que o preconceito está amenizado.

A princípio, convém ressaltar que as indústrias para fins lucrativos se apropria das tradições culturais. Isso se exemplifica, por meio de uma instituição de cosméticos que realizou propagandas com a Kim Kardashian, influenciadora digital, a qual aparece com a pele mais escura e utilizando tranças. Desse modo, no último país a abolir com a escravidão se estabelece a ilusão de que os indivíduos marginalizados estão sendo incluídos de forma igualitária no meio social.

Outrossim, na série “Cara gente branca”, em uma festa de fantasia, diversos estudantes se vestem com ícones da cultura negra de forma estereotipada. Fora da ficção, essa conjuntura é notória, visto que diversos famosos adotaram, por exemplo, o uso de turbantes, proporcionando nos meios midiáticos o pensamento de que o preconceito está reduzindo. Com efeito, as manifestações sociais em prol de isonomia são consideradas como vitimização.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para mitigar esse impasse. Destarte, as instituições de ensino devem criar projetos elucidativos, por meio de debates e palestras ministradas por representantes da população minoritária que discorram sobre a importância das suas culturas e lutas por igualdade, de modo a formar uma visão mais tolerante nas futuras gerações. Assim sendo, a sociedade brasileira será mais igualitária e justa.