♿ Deficiência Física e Acessibilidade

O absolutista Thomas Hobbes afirma ser dever do Estado garantir o bem-estar social. Todavia, tal ação nem sempre é observada no Brasil, onde tanto a presente arquitetura a falta de inovações tecnológicas potencializa deficiências físicas e dificultam a acessibilidade. Logo, é válido discutir a problemática e buscar soluções.

Diante desse cenário, cabe ressaltar a estrutura arquitetônica brasileira como fator do problema. Nesse sentido, a médica Izabel Maior diz que a deficiência é caracterizada mais pela relação entre indivíduo e sociedade do que pelo seu aspecto biológico. Seguindo a lógica da médica, a maior parte da arquitetura brasileira atual prejudica os deficientes físicos, visto que não fora projetada para atender esse público. Por conseguinte, surgem incompatibilidades dessas pessoas para com as estruturas físicas do país, dificultando sua vivência diária e qualidade de vida. Assim, novos projetos arquitetônicos que visem a inclusão social desse público devem ser elaborados e executados.

Ademais, a falta de inovação tecnológica representa outro agravante para a questão. Prova dessa carência é o fato de o Brasil ocupar, segundo o Índice Global de Inovação, apenas a quinquagésima sétima posição na lista de países que mais inovam. Em decorrência disso, faltam tecnologias que compensem deficiências físicas, as quais poderiam, ainda seguindo a visão de Maior, descaracterizar muitas destas e melhorar a vida de seus portadores. Dessarte, são necessários investimentos para estimular tais inovações.

Portanto, é imprescindível superar as causas dessa problemática. Nesse viés, o Ministério da Infraestrutura deve contratar engenheiros e arquitetos para projetarem novas estruturas físicas para o Brasil, as quais devem ser compatíveis para com toda categoria de deficiência presente no país. Paralelamente, cabe ao Poder Executivo investir, por meio de editais para financiar projetos, em tecnologias para compensar as deficiências físicas. Esses investimentos devem ser de 3% do PIB (Produto Interno Bruto), com o fito de encontrar soluções tecnológicas que garantam acessibilidade para todos. Dessa forma, o Estado brasileiro se aproximará daquele que Hobbes teorizara.

 

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