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Os desafios para superar a saúde pública no Brasil
Victoria Bomfim
Olá boa tarde🤗 INTRODUÇÃO: Promulgada pela ONU em 1948 a declaração dos direitos humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Contudo, superar os desafios da saúde pública no Brasil é uma realidade cada vez mais distante. Nessa perspectiva, é evidente que a saúde púLeia mais
Olá boa tarde🤗
INTRODUÇÃO:
Promulgada pela ONU em 1948 a declaração dos direitos humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Contudo, superar os desafios da saúde pública no Brasil é uma realidade cada vez mais distante. Nessa perspectiva, é evidente que a saúde pública é um desafio no Brasil; o qual ocorre, infelizmente, devido as grandes filas de espera, como também a falta de demanda de profissionais na área supracitada.
Repertório✅
contextualização ✅
tese✅
OBS: cuidado com as repetições de palavras
D1:
É pertinente elencar que a alta concentração de pacientes à espera de procedimentos médicos simples, como exames, consultas e pequenas cirurgias, – são números exorbitantes, e preocupantes-. De acordo com G1, as filas de pacientes no RJ dobraram durante o governo Crivella, a cidade saltou de 143.390 para 342 mil pessoas esperando atendimentos pela SISREG. Todavia, é inadmissível que a sociedade aceite este sistema de saúde repleto de negligências que podem levar a um caos em maior escala.
Conectivos ❌
Tópico frasal✅
contextualização ✅
citações/ dados✅
Fechamento do parágrafo❌
OBS: Primeiramente, aconselho vc começava se o de D1 com o conectivo ,por exemplo, em primeira análise, em primeiro plano etc. Segundo fazer um tópico frasal curto onde o corretor saberá o que você vai abordar no seu parágrafo de desenvolvimento. Além disso, Cuidado com os conectivos como TODAVIA que você usou incorretamente aconselhar você usar portanto ,logo para fechamento de parágrafo ok.
D2:
Outro fator imprescindível é a carência de profissionais, principalmente em áreas específicas, o que acarreta na transferência do paciente para outra unidade hospitalar e consequentemente, sobrecarregando profissional. Como diria Salvador Allende -“é impossível da Saúde aqui em veste trapos e trabalha com salários que não permitem condições mínimas de subsistência…” – Médico e ex- presidente do Chile. Certamente, as situações em que os médicos são submetidos não lhe favorecem a desempenhar um bom papel, seja pelo salário ou por sua precariedade no ambiente de trabalho.
Conectivos ❌
Tópico frasal✅
contextualização ✅
citações/ dados✅
Fechamento do parágrafo❌
CONCLUSÃO:
É evidente, portanto, que existe entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um sistema de saúde pública com qualidade. Dessa maneira, é essencial que o ministério da saúde junto ao estado e municípios possam capacitar os profissionais em áreas especializadas, promovendo assim, um aumento no quadro de profissionais, espera-se com isso que as filas de espera diminuam e a população seja contemplada.
Tá faltando o detalhamento com isso você perde 40 pontos na competência 5
NOTA: 700
See lessAs duas faces da industria farmacêutica (Não é Enem)
Mr.Crozma
I - 206 palavras. II - Operadores argumentativos. III - Coerência argumentativa. IV - Funções da conclusão. V - Norma culta. I - Isso dará algo em torno de 20 linhas. Se tem medo de não sobrar espaço, suspeito que a sua letra seja muito grande (caneta ponta grossa?), ou que você esteja mesmo a dar eLeia mais
I – 206 palavras. II – Operadores argumentativos. III – Coerência argumentativa. IV – Funções da conclusão. V – Norma culta.
I – Isso dará algo em torno de 20 linhas. Se tem medo de não sobrar espaço, suspeito que a sua letra seja muito grande (caneta ponta grossa?), ou que você esteja mesmo a dar esse espaço enorme para indicar a paragrafação, o que, apesar de ser mais bonito, pode causar uma má impressão no examinador, tanto quanto a letra gigante.
II – Alice está certa quando aponta problemas de coesão. Mais do que pensar em conectivos, você deve pensar em “operadores argumentativos”, que são o que dão o sentido para a frase dentro de um contexto. Uma mesma frase pode servir de exemplo ou de consequência (em relação à frase ou ao parágrafo anterior), o que define o sentido que você quer dar a essa frase é o uso do operador argumentativo: “por exemplo” ou “consequentemente”. Lembre-se disso porque você não quer ter o seu texto lido como “expositivo” por causa de uma bobeira dessas.
III – O 1º argumento está menos desenvolvido do que o 2º, e não há uma justificativa no texto para isso, até porque você demonstrou saber fazer o chamado “aprofundamento argumentativo”, explorando causas e consequências. Sugiro que mantenha esse padrão para os dois parágrafos argumentativos, até mesmo para fechar brechas que você esteja enxergando – o comentário da Alice sobre “excesso de informações” mais me parece, na verdade, ser causado pela ausência de algumas explicações.
IV – Há diversas formas de se concluir um texto, sendo uma delas a conclusão propositiva. Entende-se que a propositiva é a forma mais apropriada de se concluir um texto em que você só se propõe a criticar. Quando, por um lado, o Enem força o candidato a propor uma intervenção, ele também está dizendo que é inapropriado fazer uma dialética, por exemplo. No outro lado estão as bancas que entendem que o senso crítico não necessariamente redunda em proposta de intervenção, já que há temas que são difíceis de se resolver mesmo, como é este caso da indústria farmacêutica.
No entanto, como já falei, a propositiva é uma das estratégias conclusivas – há outras. É importante entender a função da proposta.
A conclusão tem duas principais funções dentro de um texto dissertativo-argumentativo: retomar a tese/ratificar o que já disse (formando o texto-circuito); e manter o leitor interessado até a última frase!
Então, ela não precisa se limitar a uma mera retomada da tese, sob pena de você escrever tal parágrafo em uma única frase, o que pode te levar a um parágrafo embrionário. Daí a ideia de propor uma intervenção, no Enem: é para deixar o leitor pensando no além-do-problema.
Quais as outras formas de manter o leitor interessado?
Você é quem vai pensar no que é mais adequado, porque estas provas, de fato, carregam uma necessidade de valorar o “espírito” da instituição; então, por exemplo, a estratégia de ironia, que muitas vezes é genial, pode não ser bem-vinda. Vale a pena pensar na estratégia que você vê em textos (no meu caso, vídeos-textos, como o Greg News e o Meteoro Brasil) que te prendem.
Além da conclusão propositiva e da irônica, aprendi a fazer as conclusões i) por Ressalva, ii) a Reflexiva, iii) a com alguma Referência Cultural e, por fim, iv) a com Metáforas.
Vou te pedir pra notar alguma dessas estratégias nas dissertações-argumentativas que você costuma curtir, e aí testa se consegue encaixar um além-da-retomada-de-tese.
Lembrando, também, que há momentos em que é apropriado, especialmente quando você domina o assunto, terminar propondo uma intervenção – que é a melhor forma, sem sombra de dúvidas, de se concluir textos sobre problemas sociais –, só que sem esses moldes que elevam o candidato Enem à sensação de salvador do problema, dando ordens a ministérios, fazendo planejamento de execução, essas coisas que só o Enem mesmo pra cobrar.
V – Não entendo justo que erros de alguém que escreva 400 palavras sejam contados com o mesmo peso das 206 que foram escritas aí. De toda forma, se forem esses os critérios, talvez a principal dica seja não inverter frases, construí-las sempre de maneira curta, sem inventar usar palavras que desconhece. Eu acho isso pobre, e no Enem, pelo menos, essa construção pobre de frases impede o candidato de tirar 200 na competência 1 – se a EAOAP funciona assim, tu num tem nada a ver com isso kk. Antes, um alerta: o corretor talvez não note todos os erros que eu notei abaixo, lendo com calma; talvez ele ignore algumas coisas também; enfim, fui o corretor mais perverso possível:
Introdução
O período da Segunda Revolução Industrial iniciou o processo da farmácia como um segmento da indústria química. A importância dos medicamentos produzidos é inegável, pois(1) sem eles, muitas doenças não poderiam ser tratadas. Entretanto, apesar de esse aparentar ser um panorama extremamente promissor, o desenvolvimento exacerbado e o poder conquistado(2) pela indústria farmacêutica gera(3), hoje, muitos distúrbios que ameaçam a sociedade.
1 – Vírgula. Era pra destacar completamente a circunstância deslocada para o meio da frase (“sem eles”);
2 – Eco. Esse som “ado-ado” deve ser… evitado. O eco é um problema parecido com a repetição de palavras, e é marca de outro tipo textual, devendo ser evitado em dissertações-argumentativas;
3 – Concordância. Erro grave: qual é o sujeito deste verbo?
Argumento 1
Em primeiro plano, de acordo com o médico inglês Ben Goldcare(1), os estudos sobre os medicamentos, principalmente os anti-depressivos(2), não são publicados. As pessoas que desenvolvem as “doenças do século”, como a ansiedade e(3) depressão, tomam os fármacos muitas vezes sem(4) conhecimento de seus malefícios e benefícios.
1 – O Enem perdoaria errar o nome, mas será que a sua banca perdoa?
2 – Sem hífen. É dureza ter aprendido a escrever antes de 2009;
3 – Comer artigos não é recomendado em textos formais, principalmente em casos de paralelismo: se você deu um artigo pro primeiro elemento, deve fazer o mesmo no segundo, e assim por diante. São bem específicos os casos em que o artigo é optativo;
4 – Esse seria um caso, se “conhecimento” aqui não fosse um específico: o conhecimento sobre malefícios e benefícios dos fármacos. Não existe a opção “um conhecimento” aqui, então você comeu o artigo “o” indevidamente. Na dúvida, põe – é isso.
Argumento 2
Outrossim, o objetivo da indústria farmacêutica alterou-se consideravelmente desde o século XIX. Na contemporaneidade, o foco empresarial é igual à(1) de uma outra empresa normal, que consiste apenas(2) no lucro. Muitos médicos se tornam “patrocinadores” dessas grandes industrias(3), de modo que essas(4) pagam comissões para doutores prescreverem indiscriminadamente suas marcas, lesando tanto os princípios de livre mercado,(5) como os direitos do paciente de obter o melhor fármaco.
1 – Concordância… Omitiu a palavra “o foco” e aí colocou crase como se a palavra omitida fosse feminina. Seu problema não parece ser de crase porque, neste texto, você não apresentou problemas de regência. Aqui foi bagunça na hora de evitar repetir palavras;
2 – Palavras perigosas: cuidado com essas palavras que limitam demais as opções, até porque nem todas as empresas pensam “só” no lucro, especialmente as pequenas, que estariam sendo ofendidas por essa frase. “apenas”, “somente”, “todos”, “deve”… Tudo isso é um risco que deve ser bem calculado na hora de escrever;
3 – Não entendi por que comeu o acento desta proparoxítona;
4 – Eco. “Dessas”, “essas”;
5 – Vírgula indevida. A expressão “tanto… quanto/como” é escrita sem pausas, tal qual seria no caso de um “e” no lugar dela.
Conclusão
Portanto, mesmo que(1) as evidentes vantagens que os medicamentos trazem para a sociedade, as industrias(2) farmacêuticas transformaram tais benefícios em um desregulado comércio, visando mais o(3) lucro do que o(4) auxilio(5) à população.
1 – A escolha do “que” aqui complicou bastante a frase: mesmo que essas vantagens… Cadê o complemento? Acho que você queria dizer “com”. Ta aí um problema das frases longas: se perder;
2 – Proparoxítona de novo. Como é que tu acerta “benefícios” e erra “indústrias”, hein?
3 e 4 – Visando ao lucro; visando ao auxílio: visar é vti, pede a preposição “a” – erro muito comum;
5 – Eu vou atribuir esses últimos erros ao cansaço, digitação, sei lá, mas tá aí mais um problema com pro-pa-ro-xí-to-na. Não posso admitir este erro nem por distração!
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Mr.Crozma
Não vale a pena receber muitos julgamentos um dia antes da prova não kkkk Espero que tenha conseguido dormir. Preste muita atenção na frase-tema. Ela é composta por elementos-chave que delimitam ou ampliam o tema. Considerando que é uma prova sem textos de apoio, nada nela é por acaso. Vale a pena aLeia mais
Não vale a pena receber muitos julgamentos um dia antes da prova não kkkk
Espero que tenha conseguido dormir.
Preste muita atenção na frase-tema. Ela é composta por elementos-chave que delimitam ou ampliam o tema. Considerando que é uma prova sem textos de apoio, nada nela é por acaso. Vale a pena até tentar extrair pensamentos sobre o fato de a frase escolher um artigo definido, em vez de um indefinido kk
Geralmente provas assim têm textos na prova de português que são direcionados à interpretação do tema, que dão ideias, sem, no entanto, se posicionarem de modo a serem copiadas. Espero que seja esse o caso.
Porque, se não for, a banca estará dando uma liberdade enorme de abordagem, e aí não faz nem sentido prender o aluno aos moldes do Enem.
Sendo Enem, a garantia para não se perder está na proposta, que acaba por definir quais tipos de tema podem ser cobrados e qual é o posicionamento que você deve ter, já que obviamente não pode defender um “a obesidade no Brasil não é um problema”, fato esse que deveria te deixar tranquila de que saberá sobre o que escrever.
Quando receber a prova, anote no rascunho todos os conectivos que conseguir lembrar, pois são eles que melhor te guiam na construção de ideias quando está nervosa.
No mais, divirta-se – as suas redações têm cara de nota alta.
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Mr.Crozma
Produtividade. Lembro de você! Muito legal te ver escrevendo "do zero", só com o que pôde saber, provavelmente, em textos de apoio. Esse tema me toca bastante, e você está no caminho certo do desenvolvimento das informações. 162 palavras é o alerta de que você precisa ler mais, mas é preciso garantiLeia mais
Produtividade.
Lembro de você! Muito legal te ver escrevendo “do zero”, só com o que pôde saber, provavelmente, em textos de apoio.
Esse tema me toca bastante, e você está no caminho certo do desenvolvimento das informações.
162 palavras é o alerta de que você precisa ler mais, mas é preciso garantir que não escreva parágrafos embrionários, mesmo em temas sobre os quais não saiba escrever, e isso se faz com atendimento às funções de cada parágrafo.
Todas as três partes do texto dissertativo-argumentativo pedem cumprimento de funções.
A introdução cobra:
1. Apresentação do tema
2. Exposição da tese
3. Antecipação argumentativa, que ficou faltando.
O desenvolvimento pede
1. Tópico frasal (argumento sintetizado)
2. Explicação do tf (contextualização do argumento)
3. Aprofundamento argumentativo (uso de táticas de convencimento), que você precisa estudar.
A conclusão propositiva pede
1. Retomada da tese
2. Uma proposta de intervenção:
– Agente (duplicou: Ministério da Justiça/governo)
– Ação (duplicou: endurecer penas/fornecer ouvidorias)
– Modo (somente para a população relatar…)
– Efeito (não tem)
– Detalhamento de qualquer um dos outros 4 elementos (também não tem)
Com esta exposição, eu apenas quis situar que o problema da pouca produtividade não se basta na falta de leituras, mas é, principalmente, um problema de estratégia dissertativa, que eu não sei como você foi orientada a fazer, ou se ainda vai ver, mas tenho a certeza de que você conseguirá resolver a questão produtividade com o estudo das funções dissertativo-argumentativas.
Pratique-as em temas que você já domina, para não ter a dupla dor de cabeça de precisar de conteúdo e de técnicas dissertativas ao mesmo tempo.
Pode me enviar quaisquer perguntas que tenha a partir daqui. Acho que esse é um momento muito importante nos seus estudos, e será de muito suor.
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Mr.Crozma
I - Projeto 1000. II - 15 anos (2º ano?). III - 516 palavras: sim, excessivo. IV - Tese complicada. V - Argumento 1. VI - Bipolaridade farmacêutica. VII - Argumento 2. VIII - Proposta que fere direitos humanos. IX - Escritas ousadas I - Pelo que li nas suas redações, seu projeto é tirar mil, e aí voLeia mais
I – Projeto 1000.
II – 15 anos (2º ano?).
III – 516 palavras: sim, excessivo.
IV – Tese complicada.
V – Argumento 1.
VI – Bipolaridade farmacêutica.
VII – Argumento 2.
VIII – Proposta que fere direitos humanos.
IX – Escritas ousadas
I – Pelo que li nas suas redações, seu projeto é tirar mil, e aí vou dar a mesma dica que dei pra Thamirys: o mil é político. Não há, no Brasil, apenas 26 alunos gabaritados o suficiente para atender à demanda total dos critérios de correção do Enem. Vejo naquelas redações um enorme problema para servir de exemplo a quem ainda está em evolução – e será esse o seu caso?
II – Eu levo a idade que vocês colocam a sério. Apesar do pokémon, tenho, sim, 27 anos, e se você está mesmo fora do ano de vestibular, devo avisá-lo para reduzir a intensidade que vem imprimindo nestes treinos. Você não quer ficar cansado na época da prova. Aliás, não tem coisa que mais me irrite do que a pessoa passar o ano inteiro sem praticar porque “já sabe” – e aí brota do nada faltando uma semana pra prova (cheia de erros, é claro). O que garante que você não desanimará quando tiver que escrever sobre os mesmos temas que estudou neste ano? No mínimo, o meu pedido é: seja leve.
III – “Ah, mas coube no texto”. Sim, e comeu 2 horas da sua prova, deixou a sua mão dormente, deixou a cabeça girando e ainda faltam 90 questões para resolver. Vestibular pede estratégia. Sempre citarei o texto da Thamirys, nota 980, com 350 palavras. Há notas mil com 330 palavras. Se você consegue esse objetivo com menos, faça o esforço de sintetizar – o corretor também gosta, vai por mim.
IV – Desconsiderando o excesso de linguagem, tentarei me concentrar no cerne do seu projeto textual. O capitalismo é o sistema imposto pela Constituição (art. 1º, IV e art. 170) – não se pode sustentar que o problema é o lucro-em-si-mesmo, pelo menos não sob uma perspectiva constitucional, fora de um espectro revolucionário. Isso trará alguns problemas de incoerência, como você já deve imaginar.
V – O primeiro deles já se encontra aqui, quando a mesma CF/88, cujo artigo 1º foi ignorado na construção da tese, é usada como prova de que o Estado deve pôr fim ao lucro farmacêutico. Além disso, neste parágrafo encontram-se outros problemas argumentativos, como buscar em Aristóteles a resposta para a ausência do Estado brasileiro na questão farmacológica – muy distantes –, ou a própria mistura entre produção e a aplicação de remédios, sem uma transição – como se fossem sinônimos –, além do SUS sendo ignorado na questão da quimioterapia, que é, sim, atendida pelo sistema público.
VI – Chama a atenção o excesso de cuidado que você demonstrou ao substituir o elemento da frase-tema “duas faces”, como se tivesse a obrigação de justificar todas as vezes que decidisse substituir a palavra por um equivalente. Se você confia que não vai se perder no tema, que o termo não vai atrapalhar a leitura, que poderá se enquadrar na lista de sinônimos no manual dos corretores, então não terá problema em substituir, cujo único ponto negativo seria te fazer fugir do tema – mas, pelo que vejo, não vai. A título de exemplo: a deep web foi listada como sinônimo de internet no tema de 2018.
VII – O problema de tratar uma causa no D1 e uma consequência no D2 é girar em torno de uma mesma informação. Uma vez falei isso pra Thamirys, e ela ignorou. O método de exploração de causas e consequências é uma estratégia de aprofundamento argumentativo para cada ideia de tópico frasal – logo, cada parágrafo –, sendo perigoso fazer os 2 parágrafos de argumentação com este nível de proximidade: um falando de seletividade, indiferença estatal; o outro de divisão de classes, exclusão de grupos, sistema de castas. Mas, enfim, vocês devem estar sendo orientados por alguém com estratégia malabarista. O risco é de vocês: eu voto pelo “além disso”.
VIII – Nunca considere propor uma intervenção que exclua algum grupo social, sob o risco de propor algo que atente contra os direitos humanos. Não faz nem sentido fechar a disponibilização de remédios e tratamentos a um grupo que comprove ser miserável – tá na rua, sofreu um acidente, tá sem identificação alguma, tem que comprovar que ganha pouco, senão não vai ser atendido pelo SUS?
IX – Meu foco é sempre nas críticas, mas quero parabenizá-lo por apostar numa abordagem bem diferente. A ideia dos treinos é sempre buscar os seus limites, e eu acho que essa questão que mexe com os fundamentos da nossa República não devem ser tocados numa redação do Enem. O tema da desigualdade é um desafio exatamente por a Constituição ser contraditória no tratamento econômico, e a revolução talvez não seja a melhor proposta para se colocar num vestibular kk.
E não é que você tenha que defender este lixo de sistema para produzir uma redação original, mas é que temas como o da indústria farmacêutica demandam leituras mais específicas – não vai dar pra encaixar perfeitamente um genérico Aristóteles, por exemplo. Por isso que eu falo: se você for realmente do 2º ano, esqueça um pouco das produções textuais e leia, esse é um ótimo período para ler.
Por fim, os poucos erros de norma culta:
Introdução
Ao longo do processo de formação da sociedade, a concentração financeira tornou-se prioridade para a(1) corporação, por intermédio do capitalismo(2) que não só ampliou, mas também popularizou o comércio e a fabricação de produtos. No século XX, após a Revolução Industrial, por exemplo, as empresas capitalistas passaram a ter como base estrutural a lucratividade, a qual baseia a comercialização na aquisição monetária – cenário, infelizmente, observado em farmácias ao fornecer medicamentos por vendas. Paralelo a isso, hodiernamente, fica(3) evidente(4) as duas faces da indústria farmacêutica –(5) caracterizadas pela obtenção de lucro e(6) auxílio vital -, as quais são ocasionadas pela negligência governamental e contribuem para a desigualdade social(7).
1 – Não existe “a” corporação;
2 – Faltou vírgula;
3 – Palavra informal, eu evitaria;
4 – Eco e Falta concordância – cuidado com as inversões;
5 – O que justifica o uso do travessão no lugar da vírgula aqui?
6 – Cadê a preposição?
7 – Eco é tão negativo quanto repetição de palavras.
Argumento 1
Sob esse viés, denuncia-se a ignorância estatal no fornecimento de medicamentos e tratamentos médicos como mobilizadora da bipolaridade – palavra que descreve a mudança temperamental utilizada para representar a oscilação de objetivos no comércio farmacêutico. Segundo Aristóteles, filósofo grego, “a política não deveria ser a arte de dominar, mas de fazer justiça”, dado que a irrelevância(1) governamental na distribuição da vitalidade(2) demonstra ser uma atitude manipuladora. Associado a isso,(3) está a indiferença do Estado como uma injustiça social, visto que o controle do fornecimento de qualidade de vida apresenta a seletividade econômica de um indivíduo(4) para o corpo civil: tratamentos médicos, como a quimioterapia, estão limitados para pessoas com uma alta renda financeira. Dessa forma, é dever estatal fornecer a saúde – direito previsto na Constituição Federal de 1988 – para combater a ideologia industrial na concentração de dinheiro sobre uma regalia humana.
1 e 2 – Cuidado com algumas palavras que você usa para substituir e, por ventura, acha bonitas: elas podem atrapalhar muito a leitura;
3 – Não existe esta vírgula – outra vez a inversão te atrapalhando;
4 – A seletividade é de quem é seletivo, e não de quem é “selecionado” (indivíduo, neste caso).
Argumento 2
Por conseguinte, as diferenças sociais ficam(1) explícitas e mais amplas pelas duas faces da indústria farmacêutica, as quais aumentam a exclusão de grupos em uma sociedade. Durante a construção da civilização indiana, a qual concentra a segunda maior população mundial, fica(2) claro as desigualdades societárias pelo Sistema de Castas – divisão da corporação pela hierarquia financeira -, haja vista que os privilégios são medidos pela aquisição monetária. De modo conjunto, o Sistema de Castas(3) pode ser relacionado ao comércio de remédios, uma vez que ambos possibilitam a exclusão social pela hierarquia econômica presente no capitalismo: grupos caracterizados pela baixa concentração de dinheiro são incapacitados de comprar drogas curativas, sendo, desse modo, afastados do âmbito civil. Logo, para a concretização do acesso à saúde para todos os cidadãos, evidenciado na Carta Magna, a divisão de classes – característica do capitalismo atual – deve ser aniquilada.
1 – Já falei;
2 – Idem, com o adicional da repetição de palavra;
3 – Repetição de palavra.
Conclusão
Portanto, é mister que o Estado tenha atitudes para mobilizar a inclusão comunitária pela distribuição de remédios. Para desestruturar a bipolaridade da indústria farmacêutica, urge que o Ministério Público – órgão responsável pela criação e alteração legislativa(1) – reformule, por meio de investimentos na produção de drogas vitais, leis que tornem obrigatório o fornecimento de medicamentos e tratamentos gratuitos, tendo em vista que a saúde é uma dádiva humanitária. Tais leis serão específicas para o público sem poder econômico, que(2) lado a lado, necessitam do Ministério da Educação para fundamentar a igualdade e contornar a desigualdade pela educação nas escolas. Somente(3) assim será possível concluir a estrutura social pelo desenvolvimento humano, o qual tornou-se capacitado pela tecnologia que teve início na Revolução Industrial.
1 – O Enem tolera erros que não são de competência do ensino médio, como dizer que o MP cria leis (por que MP, afinal, e não Poder Legislativo?), mas daí a inventar de usar como detalhamento um agente que você não conhece detalhadamente, ah, aí é ousadia demais!!
See less2 – Faltou vírgula;
3 – Uma coisa é você demonstrar convicção na sua proposta, outra é dizer que só ela pode resolver a situação: evite o “somente”.
As duas faces da indústria farmacêutica
isabella_ferreira1_
Vou corrigir sua redação com base nos meus conhecimentos e na estrutura da redação exigida pelo ENEM. Na sua introdução você começa dizendo que sua contextualização se trata de um documentário, mas logo em seguida diz que é um filme, faltou coerência e isso pode descontar muitos pontos da sua redaçãLeia mais
Vou corrigir sua redação com base nos meus conhecimentos e na estrutura da redação exigida pelo ENEM.
Na sua introdução você começa dizendo que sua contextualização se trata de um documentário, mas logo em seguida diz que é um filme, faltou coerência e isso pode descontar muitos pontos da sua redação.
Além disso, você não apresentou de maneira explícita a sua tese, e além do filme/documentário, adicionou a constituição de 1988 e uma alusão histórica, tudo junto na sua introdução, o que acaba poluindo e confundindo o corretor. No seu caso, eu escolheria apenas um desses três e seguiria a linha de pensamento com esse.
Muito bom seu dado no início do D1, no entanto, você fez muitas perguntas e acabou não respondendo todas e não desenvolveu sua ideia nem seguiu a tese da introdução.
Não se deve jamais se incluir no seu texto, jamais escreva “Aqui no Brasil temos o SUS-” Isso acaba com a sua redação, o texto deve sempre estar na terceira pessoa. Ex ” No Brasil, existe o SUS”
A ideia de concluir é boa, só faltou corrigir alguns erros gramaticais de algumas palavras que não deveriam estar no plural, além de finalizar fazendo ligação com a sua introdução.
Parabéns, você está no caminho certo, e com muito esforço vai chegar no 1000!!🥰🥰🥰❤️❤️🤝
See lessAs duas faces da indústria farmacêutica
isabella_ferreira1_
Vou corrigir sua redação com base nos meus conhecimentos e na estrutura da redação exigida pelo ENEM. O seu texto está bem estruturado, as ideias estão bem divididas ao longo do texto. A sua introdução está completa e a sua contextualização é interessante. Acho que você poderia ter aplicado um dadoLeia mais
Vou corrigir sua redação com base nos meus conhecimentos e na estrutura da redação exigida pelo ENEM.
O seu texto está bem estruturado, as ideias estão bem divididas ao longo do texto. A sua introdução está completa e a sua contextualização é interessante. Acho que você poderia ter aplicado um dado em um dos desenvolvimentos, afinal, você usou como repertório somente frases/ pensamentos de autores, o que não traz tanta informatividade.
Os seus desenvolvimentos seguem a linha de pensamento da sua tese, e a sua conclusão está bem completa e aparentemente com os 5 agentes exigidos.
Seu vocabulário é bem amplo e completo. Parabéns!
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Matheus Mello
Cara eu ia fazer uma correção, mas o que tenho pra te fazer é um elogio. Sua redação está muito bem estruturada, e sobre isso não há comentários. Vou destacar apenas alguns aspectos que podem te prejudicar ou te salvar (se você executar eles). No desenvolvimento 1, faça uma conclusão do desenvolvimeLeia mais
Cara eu ia fazer uma correção, mas o que tenho pra te fazer é um elogio. Sua redação está muito bem estruturada, e sobre isso não há comentários. Vou destacar apenas alguns aspectos que podem te prejudicar ou te salvar (se você executar eles).
No desenvolvimento 1, faça uma conclusão do desenvolvimento retomando a ideia central de seus argumentos, assim como você fez no desenvolvimento 2. Isso pode te ajudar a alcançar 200 na C3 por demonstrar, dessa forma, um projeto de texto.
Na conclusão, para apresentar o meio/modo da proposta de intervenção, troque a expressão “através de” por “por meio de” ou “por intermédio de”, visto que a expressão “através de” remete ao verbo atravessar, sendo inadequado o uso em certas ocasiões.
Assim:
C1 – 200
C2 – 200
C3 – 180
C4 – 200
C5 – 200
Nota: tenho certeza que ficará em torno de 960 a 980 (ou bem próximo disso, mas com certeza é um 900+)
Parabéns!! Você escreve muito bem :)
See lessEspero ter te ajudado e que você possa alcançar seus objetivos ;)
AS DUAS FACES DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Matheus Mello
Introdução: contextualizou e explicou o tema. Apresentou sua tese com seus argumentos. Desenvolvimento 1: você não apontou a insuficiência legislativa como uma causa na introdução, ou seja, não demonstrou um projeto de texto. Diga quem é Gilberto Dimeitein para o corretor ter certeza de que o repertLeia mais
Introdução: contextualizou e explicou o tema. Apresentou sua tese com seus argumentos.
Desenvolvimento 1: você não apontou a insuficiência legislativa como uma causa na introdução, ou seja, não demonstrou um projeto de texto. Diga quem é Gilberto Dimeitein para o corretor ter certeza de que o repertório é pertinente. Esse repertório foi produtivo, mas talvez um corretor possa desconsidera-lo por não saber quem é o cara – ser impertinente.
Desenvolvimento 2 – argumentação baseada na causa do desenvolvimento – muito bem! Dados pertinentes, só tente torná-los mais produtivos explicando como eles interferem no problema.
Conclusão – primeira proposta de intervenção está completa. Na segunda, quem que precisa intervir… sempre que apresentar a ação apresente o agente também. Mas como a primeira está completa, vou desconsiderar isso, só preste atenção.
C1 – 160
C2 – 160
C3 – 120 (faça os desenvolvimentos baseado nas causas da conclusão. Caso contrário, isso te prejudica MUITO)
C4 – 180 (para mim, você usou bem os conectivos, só tente ligar melhor seus argumentos)
C5 – 180 (só não dei 200 para você se atentar ao que eu disse sobre a segunda proposta de intervenção)
Nota: 800
Parabéns!! Você escreve muito bem e se continuar assim, logo alcançará seus objetivos.
Espero ter te ajudado ;)
See lessOs benefícios gerados pelo brincar na primeira infância.
Matheus Mello
INTRODUÇÃO Na série ”Anne With An E”,[1] Anne é uma garota que adora brincar, criar, imaginar e enxerga o mundo de uma forma cativante. Paralelamente a ficção, as crianças do século XXl não praticam mais brincadeiras em sua primeira infância, comprometendo o restante da sua juventude. A partir desseLeia mais
INTRODUÇÃO
Na série ”Anne With An E”,[1] Anne é uma garota que adora brincar, criar, imaginar e enxerga o mundo de uma forma cativante. Paralelamente a ficção, as crianças do século XXl não praticam mais brincadeiras em sua primeira infância, comprometendo o restante da sua juventude. A partir desse contexto, é fundamental entender porquê tal questão é importante, bem como a principal barreira que impede tal questão aconteça.[2]
Contextualizou e explicou o tema. Apresentou sua tese.
1 – percebe-se que que não tem coerência/concordância… Uma sugestão seria “Na série “Anne With An E” é retratado a história de Anne – uma garota que adora brincar, criar…”
2 – Não é obrigatório, mas uma dica que pode te ajudar a garantir 200 na C3 é apresentar seus argumentos na tese, os quais serão desenvolvidos nos 2 desenvolvimentos.
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DESENVOLVIMENTO 1
O primeiro aspecto a se considerar é o entretenimento como sendo importante na vida humana, desde sua primeira infância, ou seja, do nascimento até os seis anos de idade. De certo, a prática do brincar, a partir do princípio da vida, é considerável[1] porque desperta o pequenino[2] para o mundo ao seu redor, ajuda no desenvolvimento do senso cognitivo[3] uma vez que estimula o raciocínio e a concentração, além de ajudar em suas relações sociais. Outrossim, a família tem o papel de socialização, ato esse que pode ser efetivado a partir das relação[4] mãe e filho que se aprimora mediante interações em dinâmicas em que vai[5] preparando a criança para o contato com a sociedade, como estudado pelo psiquiatra Sigmund Freud.
A estrutura está correta. Só lembre-se de que o repertório é uma forma de explicar a argumentação, você utilizou apenas para exemplificar. Dependendo, o corretor poderia descontar nota da C2 por isso.
1 – faltou vírgula
2 – evite linguagem informal
3 – faltou vírgula
4 – erro de concordância
5 – erro de concordância
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DESENVOLVIMENTO 2
Ademais, é inegável que os divertimentos de infância estejam a caminho da extinção. Isso se dá pelo fato de que,[1] os pais compram celulares e não mais brinquedos educativos para seus filhos [2]é claro que está agindo erroneamente, tendo em vista que aparelhos tecnológicos só devem ser usados por menores a partir dos nove anos de idade, de acordo com especialistas [3]na área da saúde. Dessa forma, como consequência, os baixinhos[4] ingressam no ”mundo da internet” precocemente e[5] ao crescer numa ”bolha virtual”, se tornam pré-adolescentes com problemas psicológicos. Esse tipo de problema foi estudado por Byung-Chul Han, filósofo do século XX, em sua obra ”Sociedade do Cansaço”, que aborda as estruturas do século XXl e como o processo de produção da última fase do capitalismo interfere diretamente na vida psicológica das pessoas, tendo vínculo direto com o ritmo de vida que é cobrado delas (agora sim o repertório está produtivo).
Lembre-se de fazer uma conclusão do desenvolvimento para ter certeza dos 200 na C3.
1 – não tem vírgula nesse caso
2 – tá meio incoerente… análise a frase e reformule ela.
3 – os especialistas são DA área da saúde.
4 – evite linguagem informal
5 – faltou vírgula
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CONCLUSÃO
Portanto, é necessário que se obtenha uma visão revolucionária sobre tal questão. Para mitigar o problema, o Ministério da Educação deve criar o movimento ”Parents And Children Play”, ou seja, ” pais e filhos brincam”, que deve ocorrer duas vezes por mês nas escolas do ensino fundamental. Tal ação acontecerá,[1] por meio de palestras e dinâmicas com pais e mestres ministradas por psiquiatras e professores, a fim de pôr em pauta a importância das brincadeiras, brinquedos e tempo que pais e filhos ficarão juntos ao se divertir com as crianças. Afinal mundo precisa de garotos mais criativos, inteligentes e imaginários assim como Anne.
Proposta de intervenção completa.
1 – não tem vírgula nesse caso
C1 – 160
C2 – 200 (o repertório do desenvolvimento 2 te salvou)
C3 – 160
C4 – 180 (eu daria 200, mas não se pode negar que há algumas partes sem coesão ao longo do texto)
C5 – 200
Nota: 900
Parabéns!! Tenho certeza que logo você alcança o 1000
Você escreve muito bem!!
See lessEspero ter te ajudado e que você possa alcançar seus objetivos ;)