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Pelo direito da palavra

Pelo direito da palavra

Texto 1

Ana Júlia Ribeiro resgatou a palavra num país em que as palavras deixaram de dizer. E que força tem a palavra quando é palavra. O vídeo que viralizou levando o discurso de Ana Júlia para o mundo mostra que a palavra dela circula pelo corpo. [protected]É difícil estar ali, é penoso arriscar a voz. Ela treme, ela quase chora, Ana Júlia se parte para manter a palavra inteira. A câmera às vezes sai dela e mostra a reação dos deputados do Paraná. Alguns deles visivelmente não sabem que face botar na cara. Tentam algumas opções, como numa roleta de máscaras, mas parece que as feições giram em falso. Deparam-se aflitos com a súbita dificuldade de encontrar um rosto. A palavra de Ana Júlia arruinou, por pelo menos um momento, a narrativa que começava a se impor: a da criminalização dos estudantes e de seu movimento de ocupação da escola pública. Mas a disputa ainda é esta. (BRUM, Eliane. Ana Júlia e a palavra encarnada. In: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/31/opinion/1477922328_080168.html. Acesso em 12/12/2016)

 

Texto 2

Maria Francineide Ferreira dos Santos costumava segurar o remo. Hoje, empunha o microfone. Ela quase grita. É uma mulher no limite. Neste momento, a audiência pública já chega perto do fim no centro de convenções de Altamira, no Pará. Maria Francineide pressente que pode não haver conclusão, e o temor aumenta. Depois dali, ela, como tantos, não têm para onde voltar. É uma audiência pública para garantir que os ribeirinhos atingidos pela hidrelétrica de Belo Monte tenham uma vida. Mas o que está em jogo, neste momento, é que a “vida” não é um conceito abstrato, a vida é. Este é o grito de Maria Francineide. Enquanto para uns, os que têm casa para voltar, a vida pode ser discutida, e até filosofada, para Maria Francineide e outras centenas a vida urge porque a morte urge. O desespero de Maria Francineide é que aqueles que têm poder para decidir sobre a sua vida não entendem – ou fingem que não entendem – que a vida não é algo apenas sobre o que se fala, mas algo em movimento de morte. (BRUM, Eliane. O ritmo da fome não é o da burocracia. In: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/21/opinion/1479734590_770064.html. Acesso em 12/12/2016)

 

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Os trechos acima, escritos pela jornalista Eliane Brum, apresentam duas pessoas que buscaram apresentar os pontos de vistas e queixas dos movimentos que representam perante o governo. Ana Júlia falou em nome dos estudantes secundaristas que ocuparam as escolas no ano de 2016 e Maria Francineide, em nome dos ribeirinhos que perderam suas casas e sustento por causa da construção da Usina Belo Monte. Com base nos trechos acima e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:

 

Pelo direito à palavra: a voz dos movimentos e suas reivindicações perante o governo.

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