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A importância de errar (estilo Fuvest)

A importância de errar (estilo Fuvest)

Texto 1

R. Estou enojado com a educação escolar de hoje, que é uma fábrica de incultos e que não respeita a memória. E que não faz nada para que as crianças aprendam as coisas com a memorização. O poema que vive em nós, vive conosco, muda conosco e tem a ver com uma função muito mais profunda do que a do cérebro. Representa a sensibilidade, a personalidade. [protected]

[…]

R. Deixe-me ampliar esta questão e dizer-lhe algo: estamos matando os sonhos de nossos filhos. Quando eu era criança, existia a possibilidade de cometer grandes erros. O ser humano os cometeu: o fascismo, o nazismo, o comunismo… Mas, se você não pode cometer erros quando jovem, nunca se tornará um ser humano completo e puro. Os erros e esperanças desfeitas nos ajudam a completar o estágio adulto. Nós erramos em tudo, no fascismo e no comunismo e, na minha opinião, também no sionismo. Mas é muito mais importante cometer erros do que tentar entender tudo desde o início e de uma vez só. É dramático ter claro aos 18 anos o que você tem que fazer e o que não.

P. O senhor fala da utopia e de seu oposto, da ditadura da certeza…

R. Muitos dizem que as utopias são idiotices. Mas, em qualquer caso, serão idiotices vitais. Um professor que não deixa seus alunos pensar em utopias e errar é um péssimo professor.

P. Não está claro por que o erro tem uma fama tão ruim, mas o fato é que essas sociedades extremamente utilitaristas e competitivas possuem essa imagem negativa.

R. O erro é o ponto de partida da criação. Se temos medo de cometer erros, nunca podemos assumir os grandes desafios, os riscos. É que o erro retornará? É possível, é possível, existem alguns sinais. Mas ser jovem hoje em dia não é fácil.

O que estamos deixando a eles? Nada. Incluindo a Europa, que já não tem mais nada para lhes oferecer. O dinheiro nunca falou tão alto quanto agora. O cheiro do dinheiro nos sufoca, e isso não tem nada a ver com o capitalismo ou o marxismo. Quando eu estudava, as pessoas queriam ser membros do Parlamento, funcionários públicos, professores… Hoje mesmo a criança cheira o dinheiro, e o único objetivo já parece querer ser rico. E a isso se soma o enorme desprezo dos políticos em relação aos que não têm dinheiro. Para eles, somos apenas uns pobres idiotas. E isso Karl Marx viu com bastante antecedência. No entanto, nem Freud nem a psicanálise, com toda sua capacidade de análise dos traços patológicos, foram capazes de compreender nada disso.

(Adapatado de http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/29/cultura/1467214901_163889.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM. Acesso em 24/10/2016)

Texto 2

O que é erro de aprendizagem?

É uma idéia que tem sua origem no contexto da existência de um padrão considerado correto. No percurso do processo de aprendizagem, o erro, frequentemente, aparece associado ao ridículo, à deficiência ou ao fracasso escolar.

Do ponto de vista psicopedagógico é outra a orientação a ser dada com relação ao erro escolar. A psicopedagogia prescreve uma postura construtivista do processo ensino-aprendizagem, destacando a importância de se construir uma prática educativa na qual se valorize a possibilidade de o aluno vir a aprender e se incorpore a não-aprendizagem como parte do processo.

A reconceitualização do erro no processo de aprender importa também em discernir o erro construtivo do erro sistemático. O primeiro é aquele que surge durante o processo de redescoberta ou reinvenção do conhecimento, e que o sujeito abandona ao alcançar um nível de elaboração mental superior. Já o erro sistemático é aquele que resiste, apesar das evidências que comprovam sua inadequação, limitando ou mesmo impedindo as possibilidades de aprendizagem. Do ponto de vista psicopedagógico, esse tipo de erro não é satisfatoriamente explicado, se for levada em conta apenas a Psicologia Genética. Faz-se necessário considerar a dimensão das significações inconscientes que inibem o mecanismo inteligente. Trata-se da dimensão afetiva; em outras palavras, da dimensão do desejo, que, de modo diferente do aspecto afetivo da conduta enunciado por Piaget, implica na abordagem psicanalítica do sujeito do saber, ou seja, sujeito do desejo. (SILVA, E. M. D. A virtude do Erro: uma visão construtivista da avaliação. In: Estudos em Avaliação Educacional, v. 19, n.39, 2008)

Texto 3 

Antes da criação dos antibióticos, milhões de pessoas morriam todos os anos devido a ferimentos infectados ou por doenças contagiosas causadas por bactérias, como a escarlatina. Durante a Segunda Guerra Mundial, as garrafas de penicilina, o primeiro antibiótico descoberto, salvaram a vida de um número incontável de vítimas dos conflitos – e mesmo hoje em dia nós ainda dependemos muito desse tipo de remédio para curar doenças.

Chega a ser difícil imaginar que tudo isso só foi possível graças a dois enganos cometidos pelo cientista escocês Alexander Fleming em 1928. O primeiro deles foi quando ele acidentalmente deixou cair uma lágrima em uma das culturas de bactérias no seu laboratório, o que não só revelou propriedades ligeiramente bactericidas nas lágrimas humanas, mas também ensinou a ele que mesmo os erros científicos podem revelar coisas importantes.

Já o segundo e mais importante engano ocorreu quando Fleming deixou sem querer que uma de suas culturas fosse infectada por um fungo. Diferentemente do que faria a maior parte dos cientistas da época, ele resolveu inspecionar a placa antes de jogá-la fora e acabou percebendo que havia um círculo limpo ao redor do fungo, indicando que ele era tóxico para as bactérias presentes na amostra. O resultado foi a descoberta da Penicilina e um prêmio Nobel. (Adaptado de http://www.megacurioso.com.br/ciencia/43363-eureca-8-acidentes-que-resultaram-em-descobertas-incriveis.htm) 

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O fracasso e o erro são mal vistos em nossa sociedade atual, mas será que errar não faz parte da nossa construção enquanto sujeitos e da formação dos nossos conhecimentos? Com base nessa questão, no seu conhecimento de mundo e nos textos acima, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:

O erro na constituição do sujeito e do saber

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