Na série “O mundo sombrio de Sabrina”, o personagem Theo Putnam enfrenta agressões físicas e psicológicas em seu colégio após se assumir como um homem transgênero. Fora da ficção, no Brasil, casos como esse são, infelizmente, frequentes; visto que a identidade de gênero ainda é uma questão pouca debatida. Como consequência, surge o preconceito e a violência contra transexuais e não-binários, levantando, assim, a necessidade que esse assunto venha à tona na sociedade para garantir respeito a esses cidadãos.
Em primeiro lugar, a falta de informação é um grande empecilho quando se trata de aceitar as diferenças de outro indivíduo. Logo, o entendimento acerca dos tipos de identificação de gênero é essencial para um convívio pacífico entre cisgêneros, transgêneros e não-binários. Nesse contexto, segundo o líder sul-africano Nelson Mandela, as pessoas não nascem preconceituosas, elas aprendem a odiar, então, também podem ser ensinadas a amar. Com base nisso, é notável que quanto mais cedo houver o contato com informações sobre a não identificação com o sexo biológico ou com nenhum dos sexos, menos discriminação existirá.
Em segundo lugar, o país sofre com vários relatos de transfobia, já que as vítimas representam uma minoria que não recebe a devida atenção do governo. Sob tal perspectiva, de acordo com relatório da Associação Nacional de Travestis e Transgêneros (Antra), em 2019, mais de 120 pessoas transgênero foram assassinadas no país, sendo que em apenas 11 dos casos os criminosos foram identificados. Desse modo, como os agressores continuam impunes, está claro que a criminalização da transfobia- aprovada pelo STF- não se mostra eficaz e necessita, com urgência, de efetivação.
Portanto, medidas precisam ser tomadas para garantir o respeito à identidade de gênero. A fim de combater o preconceito contra transexuais e não-binários urge que o Ministério da Educação leve esse assunto para ser discutido nas salas de aula, mediante a criação de uma disciplina específica que trate de temas como a sexualidade e os diferentes gêneros. Ademais, é necessário que o Poder Executivo coloque em prática medidas para identificar e punir transfóbicos, por meio da geração de delegacias especializadas em crimes de LGBTfobia. Só assim, situações como a ocorrida com Theo serão extintas da sociedade.
dizz_bruna
Olá,tudo bem?Eu vou colocar em tópicos o que notei na sua redação.
.Sua introdução ficou bem desenvolvida e as duas teses estão bem claras,isso é bom.
.Notei um excesso no uso de vírgulas ao longo do texto,principalmente no 1 parágrafo.
.Você tem um ótimo vocabulário.
.Achei os seus argumentos válidos e consistentes.
.Parabéns pela escolha do tema,é uma pauta importante que nunca foi explorada com a devida relevância e seriedade.
.A proposta de intervenção está detalhada e bem desenvolvida.Eu vi que você respondeu às perguntas básicas e isso é fundamental.
Parabéns pela redação.Pratique sempre,com certeza você irá longe!😊
veramacedox
Olá, tudo bem? Sua redação foi muito bem estruturada e sua argumentação solida. Logo de início eu percebi o uso de muitas vírgulas, algumas delas eram desnecessária, mas em sua maioria estavam certas. O que eu quero sinalizar é que o uso de tanta pontuação torna a leitura massiva e para uma banca que corrige muitas redações isso prejudica a fluidez da leitura e consequentemente pode prejudicar sua nota, então na dúvida é melhor evitar tantas marcações. Por exemplo, você escreveu “Fora da ficção, no Brasil, casos como esse são, infelizmente, frequentes; visto que a identidade de gênero ainda é uma questão pouca debatida. “, ; mas poderia ter escrito ” Fora da ficção, casos assim são recorrentes no Brasil, tendo em vista a resistência social no debate da identidade de gênero no país.”
Deu para perceber que no segundo caso a leitura foi mais rápida e você não teve que ficar parando em pontos específicos? Bom, percebi também que ouve repetições de alguns termos específicos e que de fato não existem sinônimos para cisgênero, trans e não binários; no entanto, tente relacionar algumas palavras, nesse caso você poderia ter usado: “Essa minoria”, “tal público” e etc. Essas substituições não obvias podem te ajudar a não ficar preso em termos específicos. Nos seus parágrafos argumentativos você começou respectivamente com “Em primeiro lugar” e “Em segundo lugar”, eu não aconselho isso porque você perde ponto na competência IV. Em vez disso você poderia ter usado respectivamente “Inicialmente” e “Além disso”. No seu terceiro parágrafo, perdeu ponto na competência III, porque você fala que a criminalização da transfobia não é eficaz e na verdade o que não está sendo eficaz é o cumprimento dessa lei, entende? O problema não é a lei, o problema é que não estão fazendo a aplicação dela corretamente. Muito bom seu parágrafo conclusivo e também gostei das duas propostas apresentadas, só achei que você deveria ter falado brevemente sobre o Theo, porque você não tinha citado ele antes então achei que ficou um pouco deslocado mesmo que todos saibam nunca deixe informação subtendida porque a banca não considera. Uma dica é que você poderia ter falado um pouco sobre o Theo na Introdução. Espero que tenha ajudado e peço que não se ofenda com as observações, bons estudos e sucesso!