EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL

Durante o período joanino, ocorreu no Rio de Janeiro diversas mudanças que buscavam propiciar melhorias para a corte portuguesa. Dentre essas modificações, encontrava-se a criação, por Dom João IV, das primeiras faculdades brasileiras que tinham como intuito fomentar o intelectualismo no Brasil, principalmente para a elite. No entanto, desde aquela época até o século XXI é notório a grande disparidade que a educação brasileira apresenta, sendo que, no contexto atual, em detrimento de diversos fatores, uma das principais dificuldades enfrentadas é a evasão escolar.

Dentre as causas para essa problemática, encontra-se a desestrutura familiar em associação com as precárias condições vivenciadas por grande parte do país. Segundo o educador Paulo freire, a escola sozinha não consegue exercer plenamente a formação educacional do indivíduo se a família não atuar em conjunto. No Brasil, em decorrência das adversidades socioeconômicas, muitas famílias possuem pais com estudo incompleto e com necessidade de que seus filhos trabalhem para ajudar a sustentar as despesas da casa. Todo esse panorama além de influenciar a permanência do aluno na escola também cria um ciclo vicioso de baixa escolaridade que segue as gerações.

Ademais, o governo brasileiro possui papel essencial em relação a essa questão social. No passado, os grandes governantes, à exemplo de Carlos Magno e seu renascimento carolíngio, estimulavam a educação, pois sabiam que pessoas instruídas e desenvolvimento estão interligados. Entretanto, no Brasil, grande parte das autoridades não estimulam o ensino nas escolas tendo-a como pauta secundária, como é o caso de materiais escolares abstratos com baixa qualidade e os cortes de verbas em pesquisas. Portanto, nota-se que a população brasileira, por vezes, repercute os seus representantes.

Com base nisto, há a necessidade de algumas medidas para mitigar o problema, dentre elas, a melhoria do plano educacional proposto pelo MEC por meio de, além de aulas convencionais, os alunos terem a oportunidade de se aprofundar em assuntos com os quais mais se identificam. Desta maneira, suas habilidades podem ser exploradas e posteriormente, aplicadas em empregos fornecidos pelas escolas e empresas com parceria governamental durante a formação escolar. Só assim, a evasão na educação pode ser reduzida.