Problemas emocionais: evoluíram com a tecnologia?

Tema: Capacidade de Resiliência.

Segundo o filósofo polonês Zygmunt Bauman, “Não são as crises que mudam o mundo, e sim como reagimos a elas”. Sob tal ótica, diante das dificuldades do jovem defronte às adversidades, o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora o não desenvolvimento da população no aspecto emocional, tendo como efeito, danos psicológicos aos envolvidos.

Em primeiro plano, é axiomático que a falta de investimento no caráter emotivo da nação agrava o problema. Conforme Nicolau Maquiavel, escritor Renascentista, o homem em busca de suas ambições, não percebe o mal que seus atos podem provocar. De maneira análoga, tendo em vista a trajetória da tecnologia e a diminuta atualização da grade curricular brasileira, é inegável que a formação básica não é prioridade para o Estado, assim, moldando os cidadãos para uma época que já não existe, dispondo de aulas menos atrativas e desatualizadas.

Em segundo lugar, em virtude do supracitado, é notório o surgimento de casos degenerativos aos jovens. Por conseguinte, mesmo diante da afirmação, milenar, do matemático Pitágoras, a qual afirma que o mundo se resume à harmonia de contrários, é perceptível que as consequências, hodiernas, dessa problemática, interrompem esse equilíbrio. Por mérito disso, emerge a necessidade de ações atenuantes que promulguem a diminuição desses casos, os quais contemplam a depressão, as desistências em vagas de trabalho ou faculdade e as ocorrências de suicídio.

Depreende-se, portanto, a premência de medidas a fim de mitigar esse impasse. Destarte, cabe ao Ministério da Educação desenvolver a população no que tange à Inteligência Emocional, por intermédio da alteração da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), adicionando a disciplina de “Educação Emocional”, a qual terá como princípio demonstrar a importância das dificuldades para a evolução no aspecto pessoal; como, profissional. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.