Tema: Apropriação Cultural

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A nação brasileira encontra como um grande desafio no momento atual, o ato de apropriar-se culturalmente de itens específicos de certas etnias. Porquanto à medida que as pessoas usufruem de turbantes, dreadlocks ou box braids, tem-se como consequência a perda de historicidade e da importância de atributos representativos de um combate antirracista. Dessa forma, torna-se indispensável o debate acerca da problemática.

Em primeiro lugar, é preciso ressaltar o caso de Thauane Cordeiro, a garota branca com câncer, que por estar careca optou em utilizar um turbante, o que é totalmente compreensível, uma vez que ela o adotou para fazer dele um abrigo. Por outro lado, como a jornalista Eliane Brum publicou em seu blog, tal acessório é parte da cultura negra, portanto, não se torna algo descolado para se usar, mas sim um objeto que traz à tona a identidade e o sofrimento de uma raça contra um Brasil escravista. À vista disso, é possível enxergar claramente a expropriação cultural, ainda que de maneira inocente, pelo objeto que atua como símbolo religioso e de resistência.

Em segunda análise, vale salientar que a indústria da moda capitalista comercializa ícones tradicionais da matriz africana em busca de lucro. De modo que essa comercialização resulta na inserção desses componentes em uma sociedade consumidora que não reconhece o verdadeiro significado étnico, o que contribui para a banalização da luta de um povo marginalizado. Por exemplo, o desfile de uma grife japonesa que ocorreu em janeiro de 2020, com modelos brancos que utilizaram tranças do tipo cornrows, o que é uma prática proveniente dos negros.

Dessarte, são necessárias medidas capazes de mitigar a temática abordada. Para tanto, cabe a Secretaria Especial da Cultura promover campanhas de conscientização por meio da Televisão e das Mídias Sociais, a fim de preservar a simbologia étnica e evitar a apropriação cultural. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) deve providenciar palestras nas escolas, feitas por verdadeiros representantes étnicos, com o intuito de alertar e ensinar sobre o uso indevido de determinados elementos. Assim, a adversidade analisada será extinguida.

 

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3 Correções

  1. Muito bom!
    C1-180
    C2-180
    C3-200
    C4-200
    C5-200
    Não há exagero de conectivos. Eles são importantes e você usou moderadamente
    Você citar a industria da moda foi um ótimo argumento.
    Eu gostei baaastante da sua proposta de intervenção, achei completa no ponto certo, sem muito exagero. Você respondeu as 4 perguntas da conclusão.

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  2. Olá, tudo bem!?
    É bastante interessante a sua argumentação a cerca do tema utilizando a colocação de uma jornalista e exemplificando através do mercado da moda. Apresenta poucos erros de ortografia, no entanto acredito que o seu texto possa ser escrito de maneira mais formal, acredito que termos como: “em primeiro lugar” podem não ser muito interessantes para o ENEM, e valeria a pena ficar atenta a esses termos.

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  3. Nota 1 – 180 – demonstra excelente domínio da norma padrão, apresentando pouquíssimos ou nenhum desvio gramatical leve e de convenções da escrita.
    Nota 2 – 180 – desenvolve muito bem o tema proposto, explorando os principais aspectos.
    Nota 3 – 200 – A argumentação é consistente e revela excelente domínio do tipo textual dissertativo-argumentativo.
    Nota 4 – 200 – demonstra pleno domínio dos recursos coesivos, articulando as partes do texto sem apresentar inadequações na utilização desses recursos.
    Nota 5 – 160 – elabora uma proposta de intervenção clara, que se relacione bem com a tese desenvolvida e que esteja bem articulada com a discussão desenvolvida no texto. Os meios para colocar a proposta em prática também ficam explícitos.

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