Evasão Escolar no Brasil

       No filme Treino para a vida, o treinador Ken Carter usa sua habilidade para transformar não só um time e sim vidas, exigindo bons resultados escolares de cada jogador. Fora da ficção é fato que a narrativa da obra apresenta semelhanças com a atualidade. A evasão escolar é comum no Brasil e afeta principalmente os alunos do ensino médio.

       Em primeiro lugar, ambientes precários, falta de professores e a má qualidade do ensino acarretam o desinteresse do aluno na consistência acadêmica. Para o educador Paulo Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. Por décadas repetiu-se o discurso de que o aluno abandonava o ensino para trabalhar. Mas, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, 40,3% dos jovens de 15 e 17 anos abandonam os estudos por falta de interesse.

       Outro fator existente é o bullying que muitas vezes faz os estudantes se recusarem a frequentar a escola. A Pesquisa Nacional do Escolar (PeNSE) apontou que metade dos alunos entrevistados 46,6%  diz que já sofreu algum tipo, e se sentiu humilhado por colegas. O professor Nelson Pedro Silva especialista em bullying, afirma que as escolas não estão preparadas para lidar com esse tipo de situação, assim como não estão preparados para lidar com a indisciplina.

      Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para diminuir a taxa de evasão escolar no Brasil. Cabe ao Ministério da Educação aumentar as vagas no programa Jovem Aprendiz, o que possibilita que o adolescente estude e trabalhe ao mesmo tempo, e junto a escola  investirem na construção de quadras poliesportivas, em atividades extracurriculares e contratar professores capacitados, a fim de que haja atração dos alunos ao frequentar o ambiente escolar.