A obra surrealista de Salvador Dalí “A persistência da memória” evidencia um olho fechado e que pode ser interpretado como uma autorreflexão. De tal modo, Dalí demonstra a necessidade de reflexão, de repouso. No entanto, essa imprescindibilidade não é algo limitado apenas às pinturas, uma vez que a sociedade, principalmente às crianças, precisam possuir esse momento inconsciente para poder formar suas próprias ideias, permitir-se viver mais a realidade e, assim, abandonar essa urgências e o o uso indiscriminado – presente na hodiernidade – das tecnologias digitais.
Partindo desse pressuposto, é notório que esse uso indiscriminado das tecnologias por parte das crianças traz, infelizmente, diversos impasses em sua formação. Diante disso, esse manuseio faz com que esses indivíduos amorfos – termo trazido pelo escritor Lima Barreto como sinônimo de vulnerabilidade – não possuam seu momento de autocontemplação, de verdadeiro ócio, ocasionando assim, em alguns transtornos como a hiperatividade e em impasses como a falta de experiências reais e o excesso de virtuais, o que, por vezes, atrapalha nos vínculos comunicativos. Além disso, esse uso desenfreado acarreta em uma falta de vontade em praticar atividades físicas, caracterizando, desse modo, em um sedentarismo precoce o que trará consequências danosas para a saúde dessas crianças.
À vista disso, fica evidente que esse excesso de informações absorvidas pelos sujeitos amorfos os faz saírem do “jardim”, como aborda o sociólogo Byung – Chul Han. Assim, eles entram no digital que é um lugar onde se abdica a realidade e não contempla – se mais nada, já o jardim o lugar da diversidade e da contemplação. Dessa maneira, as crianças precisam de uma certa vigilância em relação ao uso das tecnologias digitais, uma vez que desde cedo já não estão mais no jardim e parecem não viver mais o real, pois abdicam diversas práticas em prol dessa necessidade de utilizar as tecnologias.
Destarte, é inequívoco que o Ministério da Saúde em parceria com escolas devem combater esse impasse. Isso através de projetos educativos – orquestrados nas instituições escolares – os quais evidenciem as consequências danosas dessa saída do jardim bem como a necessidade da autocontemplação desde cedo. Sendo, portanto, importante a presença dos pais para que possam melhor se sensibilizar e fazer certa vigilância com essas tecnologias digitais. Tudo isso a fim de que esses indivíduos amorfos permaneçam no jardim para fazer o que a obra de Dalí evidencia, sendo, desse modo, uma consequência desse combate ao uso indiscriminado das tecnologias.
VanessaA
Excelente texto!
Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa
Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo
Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural
Dentro das competência do Enem, ao meu ver, atendeu todas as competências.
1000
PalomaSantos78
Oi! Eu gostei do seu texto, porém ele me parece um tanto fantasioso, e a idéia do texto dissertativo argumentativo é justamente o oposto, a realidade, fora que por usar palavras mais “bonitas” você acaba repetindo muito, porém tem ótimos argumentos e sua conclusão está perfeita.
De toda forma, não sou uma especialista e posso está cometendo algum equívoco. Espero ,contudo ter ajuadp