Combate ao uso indiscriminado de tecnologias digitais de informação pelas crianças

Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, há a retratação de uma sociedade perfeita, onde a mesma padroniza-se pela ausência de conflitos, contudo, ao observar a realidade, conclui-se que o exposto de More expõe um equívoco, tendo em vista que o uso indiscriminado de tecnologias digitais de informção pelas crianças impede a efetivação do autor. Diante do exposto, convém avaliar as causas dessa problemática que precisa ser combatida.

Primordialmente, faz-se mister pontuar que as causas para o combate do uso exacerbado das tecnologias digitais de informação pelas crianças perpassam as negligências do âmbito educacional brasileiro. Sendo o quinto país no “ranking” da economia global, seria justo crer que a educação teria equivalência em sua relevância, contudo, ao contrário do cenário comercial, a área educacional, no Brasil, segue um rumo decadente. Isto, por sua vez, prejudica as crianças, pois estas não têm um encaminhamento devido de como utilizar, de forma correta, as tecnologias digitais, pois a escola negligencia esse aspecto. Essa postura é inaceitável e faz-se importante sua mudança.

Além disso, é fulcral, também, citar os problemas na conjuntura familiar da criança como sendo um dos fomentadores ao uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação pelas mesmas. É indubitável que a estrutura familiar é bastante crucial para a formação de um infante saudável, mas, quando esse pilar encontra-se desestruturado, os pequenos acabam sofrendo suas consequências, podendo, então, procurar refúgio nas mídias digitais. Tal fato efetiva o pensamento do autor modernista Carlos Drumond de Andrade, o qual reflete que existem situações na vida as quais se apresentam como pedras, ou seja, empecilhos na nossa jornada. Dessa forma, tanto a negligência familiar, quanto o uso indiscriminado de tecnologias digitais de informação pelas crianças concluem-se, obstáculos.

Portanto, para mitigar os efeitos dessa problemática, mudanças são necessárias. Para que isso ocorra, o Tribunal de Contas da União deve liberar capital que, por intermédio do MEC, será convertido na realização de palestras e rodas de conversas com a participação das crianças, os pais destas, bem como, profissionais da área tecnológica. Além disso, devem ser realizadas entrevistas com os infantes, tendo em vista que eles são protagonistas do problema. Tais ações devem ser webconferencionadas nas redes sociais do Ministério da Educação, com o objetivo de trazer mais lucidez acerca do uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação pelas crianças. Ação que, iniciada no presente, deve efetivar o plano de More.