Na contemporaneidade, muito se discute sobre a banalização do diagnóstico de TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. No entanto, apesar das diversas interpretações acerca do tema, banir o diagnóstico pode ser uma péssima ideia, tendo em vista as complicações neurológicas e cognitivas causadas pelo transtorno, que acabam por prejudicar a inserção dos indivíduos na vida social, sem contar que a banalização prognóstica pode fomentar o uso arbitrário de medicamentos para controle dos portadores do transtorno, que, em sua maioria,são crianças. Sendo assim, é necessário que subterfúgios sejam encontrados para garantir o bem-estar desses indivíduos.
A princípio, a doença não diagnosticada pode acarretar problemas na saúde e na vida dos indivíduos portadores do distúrbio neurológico. A esse respeito, urge analizar a interpretação errônea de muitos pais acerca do estilo comportamental de seus filhos que tratam essa pauta como uma falta de castigo ou uma característica genérica dos mesmos, sem perceber que suas habilidades cognitas e comportamentais estão sendo diretamente afetadas por uma deficiência funcional neurológica. Dessa forma, muitos deles optam por tratar seus filhos com medicamentos de autocontrole, que possuem fortes efeitos colaterais nas crianças.
Outrossim, consoante o filósofo brasileiro Paulo Freire, se a educação sozinha não transforma a sociedade sem ela tampouco a sociedade muda. Dessa maneira é notório que a educação é primordial na vida de uma criança ou de qualquer outra pessoa. Todavia, o Transtorno de Déficit de Atenção atrapalha a permanência de seus portadores na escola, uma vez que provoca comportamentos enérgicos e impulsivos capazes de fazer com que os indivíduos desviem sua atenção durante as aulas e causem alvoroços em sala de aula, dificultando não só a dele como também a vida escolar dos demais educandos. Portanto, é lícito postular que a avaliação prognóstica pode ajudar na desintegração de medidas socioeducativas nas escolas, impactando positivamente na alfabetização dos portadores de TDAH e na vida dos demais alunos.
Infere-se, portanto, que os entraves para mitigar o problema devem ser rapidamente resolucionados. Para tal ato, a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – órgão responsável pelo público , deve, juntamente com o Ministério da Educação , promover atividades lúdicas nas escolas que visem conscientizar pais e alunos sobre a gravidade do problema e a importância do diagnóstico, além de trabalhar com medidas socioeducativas voltadas exclusivamente para seus portadores, com o intuito de tratá-los de uma maneira mais saudável, sem o uso de medicamentos que estrapolem sua condição física. Quiçá, assim, se resolva os problemas dos diagnósticos de TDAH no Brasil.
Mirian Jaiane
O primeiro parágrafo apresenta bem o tema, porém o tema em si não mira em uma problemática clara, uma vez que é apenas o nome da doença. Apesar disso, a problemática “criada” no primeiro parágrafo é lógica e bem articulada. No segundo parágrafo, a autora apresenta uma argumentação lógica, porém há falta de fatos históricos, citações de autoridades, ou dados estatísticos que embasem o exposto. Ademais, no terceiro paragrafo há uma citação de Paulo Freire associada ao tema, que contribui efetivamente para o embasamento do parágrafo. Os mecanismos linguísticos utilizados conectam bem o texto. há indícios de autoria, e os erros gramaticais são exceção: no segundo parágrafo, faltou a virgula que separa “Dessa maneira” do resto da frase, uma vez que é uma locução adverbial e deve estar separada por virgula; expressões coloquiais presentes no texto como: “é uma péssima ideia”(primeiro parágrafo), “ou pra qualquer outra pessoa”(terceiro parágrafo). A proposta de intervenção é coesa e tem relação com a problemática exposta, porém carece de detalhes ( se o objetivo é o Enem) pede-se que “atividades lúdicas” sejam descritas como por exemplo, palestras ou peças de teatro e”medidas socioeducativas” sejam especificadas, por exemplo a contratação de profissionais psicopedagógicos, ou a criação de um material que instruam os professores a identificar o problema na criança e como decorrer após disso. (Estilo Enem- competência 1- 120; competência 2- 200; competência 3- 160; competência 4- 200; competência 5-160 ) NOTA: 840