Tema: Os desafios das comunidades contra a Covid – 19

Em 1988, Ulysses Guimarães promulgou a Carta Magna e estabeleceu que o saneamento básico e a saúde deveriam ser garantida a todos. Entretanto, os casos de COVID-19 nas comunidades mostram que a promessa de Guimarães está distante de ser a realidade no Brasil. Com efeito, há de se desconstruir a falta de água, bem como a dificuldade de isolamento social.
Em primeiro plano, a falta de abastecimento de água é um dos principais efeitos sofridos pelas periferías. Nesse viés, a Defensoria Pública do Rio relatou cerca de 495 denúncias-em apenas cinco dias-, sendo a maioria em favelas. Ora, os indivíduos sem esse direito básico são impossibilitados de ter uma limpeza adequada e tornam-se grandes alvos dessa tão temida doença: o novo coronavírus.
Além disso, há grande dificuldade de evitar aglomerações pois em diversas residências moram muitas pessoas. A esse respeito, a OMS – Organização Mundial da Saúde – recomenda que todo o mundo se isole para evitar a ampliação da circulação do vírus. Nesse sentido, não é razoável que em domicílios pequenos morem muitos habitantes, o que torna-os incapazes de se isolarem.
Para que a COVID-19, portanto, seja combatida, os órgãos – de todos os estados – responsáveis pelo abastecimento de água devem garantir, com veemência, o saneamento básico para todos os cidadãos por meio de encanamentos, a fim de possibilitar a higienização dos moradores e de seus lares. O Ministério da Saúde, por sua vez, precisa disponibilizar locais adequados para suspeitos da doença por intermédio de hospitais, hoteis e navios para que sejam isolados e tratados, e com isso, diminuir o número de infectados até erradicar esse vírus.