É inegável que o passado escravocrata brasileiro deixou influências na sociedade, como a existência de quilombos, criados como uma forma de resistência à exploração iniciada no período colonial. Diante disso, a perpetuação dessas comunidades configuram uma fonte de lembrança da luta contra o sistema hierarquizado da época e, apesar de atualmente serem alvos de discriminação e preconceito, mantém a busca do reconhecimento de seus direitos e liberdades.
No período pós Idade Média, a teoria do “Darwinismo Social” foi amplamente disseminada e, considerando o negro biologicamente inferior ao europeu, contribuiu para justificar a dominação. Por conseguinte, a resistência a partir de quilombos foi de suma importância aos movimentos abolicionistas subsequentes, e mesmo após a criação da Lei Áurea, essas populações não foram inseridas na sociedade, gerando impactos marcantes no Brasil atual. A frequente prática discriminatória dos remanescentes advém da ignorância daqueles avulsos à realidade, que, desprezando a riqueza cultural envolvida, são capazes de criminalizar as comunidades a partir de numa visão fundamentada no preconceito.
Convém ressaltar, também, que os quilombos estão exponencialmente mais engajados na efetivação de seus direitos, uma vez que tem os territórios ameaçados pelo ideal de lucro capitalista. Tanto a criação de empresas dos mais variados setores, quanto a expansão das fronteiras agrícolas são grandes geradoras de conflitos, com interesses claramente opostos aos dos quilombolas que exigem o direito e liberdade sobre as terras as quais ocupam. Tal fator é caracterizado, principalmente, pela concepção de merecimento do avanço que as corporações e grandes fazendeiros constroem, enquanto quilombolas são os “invasores”, o que demonstra a economia se sobressaindo à humanidade.
Portanto, a partir dos fatos supracitados, são necessárias medidas que alterem a situação. O Ministério da Cidadania, paralelamente ao Ministério da educação, deve veicular nos meios de comunicação, informações a respeito do tema, além de inserir nas escolas aulas que abordem aspectos de originários, evolutivos e culturais dos quilombos. Não obstante, os órgãos competentes precisam fiscalizar efetivamente o cumprimento do Artigo 68 da Constituição Federal, que garante o direito à propriedade aos remanescentes, visando a construção de uma cidadania consciente, baseada no respeito à comunidade quilombola no país.
anabe
Parabéns pela dissertação! Todos os períodos se apresentam ligados, o que demonstra domínio de conectivos e técnicas coesivas. Além disso, as ideias do texto se encaixam e são muito bem abordadas durante a argumentação, mantendo o tema central e a defesa da tese – gostei muito do que foi exposto, realmente convence e interessa o leitor. Percebi alguns desvios gramaticais e do uso de vírgula – são poucos e não empobrecem seu texto – acredito que não seriam suficientes para perder pontos na competência 1.
1. Competência 01 – Língua Portuguesa = 200 pontos
2. Competência 02 – Abordagem / gênero = 200 pontos
3. Competência 03 – Defesa / coerência = 200
4. Competência 04 – Coesão e articulação = 200 pontos
5. Competência 05 – Prop. de intervenção = 200 pontos
1000 pontos
Muito bem!
Lucas Cabral
Diria que sua redação está quase perfeita! Só apenas alguns erros de pontuação e falta de letra maiúscula, mas nada que possa prejudicar tanto. Todo seu texto manteve o foco de início ao fim, sua conclusão teve uma proposta bem viável. Também vale ressaltar que sua escrita é de um grau bem avançado, você usa bem de conectivos, além disso, com um vocabulário diversificado, quase não repetiu palavras. Está de parabéns.