Para o filósofo Byung-Chul Han, o cansaço se tornou um estado inevitável para as pessoas que trabalham e vivem no mundo capitalista. É o que ele chama de “violência neuronal”, os sofrimentos psíquicos que são exercidos em pessoas colocadas em ambientes altamente competitivos, o que acaba por levar ao isolamento, e o mal do século, a depressão.
O filme “Parasita”, de Bong Joon-Ho, evidencia o sentimento de angustia dessa “violência neuronal”, e em como esse prevalece especialmente em familias que são abaladas pelas condições de dependencia ecônomica, em contraste com familias de relativo sucesso econômico, que possuem um grau de felicidade e satisfação muito superiores, por terem sido privilegiados. Esses acabam por se tornarem os objetos de interesse dos mais pobres, e isso desencadeia ainda mais o sentimento de angustia.
Um exemplo disso é um estudo realizado pela Global Entrepreneurship Monitor, o qual diz que cerca de 52 milhões de Brasileiros tem o desejo de abrir o seu próprio negócio. Destes 52 milhões apenas uma pequena parcela dessas pessoas conseguem suceder em montar os seus negócios, apenas 10% são bem sucedidos no ramo; todas essas mihões de pessoas estão a buscar melhores condições de vida incansavelmente na esperança de alcançar maior autonomia e liberdade.
A pressão pela produtividade sobrepõe a felicidade e o bem estar dos indivíduos, que tem os seus desejos e anseios projetados nos bens materiais oferecidos pelo mercado. Isso dá abertura a uma nova subjetividade, a adequação da força de trabalho para com um sistema que valoriza mais a produtividade do que o bem social, neste caso a “positividade” é apenas uma propaganda para esconder a “negatividade”.
Por conseguinte, é evidente a necessidade de uma inclusão de temas que abordem a inteligencia emocial na grade curricular das escolas, para que se possa abordar de maneira eficiente o como as pessoas lidam com tais sentimentos, assim, podendo amenizá-los.
LuizaGalgaro
Achei bem interessante as referências utilizadas e o desenvolvimento das teses. Os argumentos estão bem ligados com elementos de coesão. Da mesma forma o uso da vírgula foi feito corretamente. Acredito que a conclusão poderia ser mais desenvolvida, mas não necessariamente com uma proposta de intervenção. Uma excelente redação :)
lanaP
Bom dia gust! 1. Primeiramente gostaria de citar que a Fuvest não exige uma proposta de intervenção, ou seja, você não precisa solucionar seu “problema”. Você deu uma proposta de intervenção que não está detalhada em “agente, modo, meio, detalhamento e finalidade” e, consequentemente, sua proposta se tornou inválida. Minha sugestão é de que em redações estilo Fuvest não utilize as propostas, faça sua conclusão finalizando o tema abordado, ou então relacionando a conclusão com o repertório que você citou no início.
2. Sua redação possui 5 parágrafos, aconselho que faça apenas 4 pois assim você segue um modelo “mais apropriado”.
3. “todas essas mihões de pessoas estão a buscar melhores condições de vida incansavelmente na esperança de alcançar maior autonomia e liberdade” – Há um erro gramatical (Mihões – milhões), sugiro que revise toda a sua redação antes de finaliza-la. É um frase longa e necessita de vírgulas. Há uma ambiguidade na parte em que você utiliza a palavra “incansavelmente” – a mesma deveria ser utilizada após “buscar” ou não é necessário sua utilização.
4. Seu repertório sociocultural está bem elaborado, visto que você utilizou o filme “Parasita” que a propósito ganhou o Oscar de melhor filme do ano.
Essas foram minhas sugestões, espero que você as utilize e que consiga ir muito bem nas próximas redações!