A problemática da gravidez na adolescência

A campanha “Tudo tem seu tempo: Adolescência primeiro, gravidez depois”, do Ministério da Saúde tem por objetivo diminuir os casos de gravidez precoce, extremamente alarmantes no país. Porém, para que haja êxito em tal missão, faz-se necessário analisar o tabu intrinseco à sociedade em relação à tal problemática, e a escassez de informação sobre a vida sexual aos jovens.
A priori, segundo o pensamento kantiano, o homem é fruto da educação; dessa forma, a mesma se faz necessária para extinguir o problema. Outrossim, cabe ressaltar que o Brasil possui os índices mais elevados da América latina consoante a gravidez na adolescência, sendo mais de 400 mil casos por ano segundo Ministério da Saúde. Ademais, devido a questões religiosas, a família por sua vez, isenta-se de seu papel social.
Posteriori, faz-se necessária a aplicação da educação sexual nas instituições de ensino, onde não só a gravidez seria abordada, mais também, os métodos contraceptivos, ist’s e a violência sexual. Destarte, a gravidez pode acarretar evasão escolar, problemas sociais e biológicos, pobreza e abusos por parte da família. Além disso, os casos de aborto espontâneo ou induzido, sendo segundo caso provocado por remédio ou feito em clínicas clandestinas, eleva as taxas de mortalidade de mães e filhos, tornando-se um caso de Saúde pública extremamente grave.
Diante dos fatos supracitados, a gravidez na adolescência deve receber uma maior atenção do Estado. Assim, cabe ao governo levar a educação sobre a vida sexual aos jovens e adolescentes, mediante palestras nas escolas auxiliando os mesmos nessa fase. Do mesmo modo, campanhas voltadas à tal temática nas redes sociais e em comerciais televisivos, proporcionaria a propagação da informação, acarretando conhecimento, para que a gravidez indesejada não atrapalhe a vida e desenvolvimento dos menores.