Saúde pública no Brasil – SUS: Seu último suspiro?

A declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todo indivíduo o direito á saúde e bem estar social. Nesse contexto, o SUS ( Sistema Único de Saúde) pode ser inserido como uma forma encontrada pelo Governo para garantir a execução de tal manifesto. Contudo, a rede pública de saúde brasileira encontra-se em verdadeiro caos, afastando -se completamente do ideal de saúde para todos. Portanto, vale a pena analisar quais fatores contribuem para tal problemática.

O poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade na obra “No meio do caminho”, fala a respeito de um obstáculo que impede a concretização de algo, trazendo figurativamente a descrição de uma pedra para representa-lo. Tais versos podem servir de metáfora para o desalento das autoridades perante a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), tornando-se, assim, um obstáculo que interfere severamente no bom desenvolvimento e funcionamento da saúde no país.

Segundo pesquisa do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 45% da população depende exclusivamente do SUS para suprir suas necessidades médicas, ou seja, quase metade dos brasileiros não usufruem de saude de qualidade, sendo boa parte dessa porcentagem pessoas que se encaixam em grupos de baixa renda. Desta forma, é perceptível que o capital financeiro decide quem terá acesso a saúde de forma fácil e simples, destoando originalmente do direito a reservado a cada indivíduo.

Portanto, medidas são necessárias para resolver tal impasse e promover o bem estar geral da nação. Inicialmente, faz-se mister a atuação do Governo Federal na liberação de verba para que seja possível investir e desenvolver hospitais da rede pública para o uso dos cidadãos. Ademais, o ministério da saúde juntamente com o Senado Federal devem atuar na criação e legitimação do projeto “Longa Vida”, que atuaria na capacitação em grande escala de profissionais da saúde por meio de um treinamento intenso em ambiente hospitalar, com foco em atender a grande demanda da população que precisa de cuidados e atendimentos em massa. Desta forma, a discrepância entre a rede pública e hospitais de redes particulares seria diminuída e todos teriam acesso a saúde e, ainda melhor, de qualidade.