O combate ao crime organizado na realidade brasileira atual

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Ao acompanhar os noticiários, é notório que o Brasil apresenta numerosos casos de violência todos os dias. Uma das causas desse cenário, é a grande influência que o crime organizado tem no país, causando homicídios, sequestros e outros crimes violentos. Um exemplo disso, foi o ataque de uma facção criminosa que resultou na morte de um adolescente e um entregador no Rio de Janeiro, em agosto desse ano. Nas comunidades, onde se predomina o tráfico de drogas, essa violência é ainda mais intensa, atingindo a camada mais pobre e vulnerável da população. Dessa forma, o combate ao crime organizado é ineficaz, e a população continua sofrendo os impactos disso.

As formações de facção criminosas estão ligadas à ditadura militar, período em que muitas pessoas foram presas e ocorreu a superlotação de presídios, nas décadas de 60 e 70. Com o fortalecimento dessas organizações, o Estado passou a enfrentar dificuldades para combate-las, como a corrupção de agentes públicos e o anonimato dos líderes. Isso ocorre porque os bandidos que fazem parte das facções e executam missões de maior exposição frequentemente são presos e substituídos facilmente, enquanto os chefes permanecem ocultos. Além disso, a maneira complexa que se estrutura uma organização criminosa também é um impasse para as investigações, na medida que contam com táticas de apagar vestígios e estabelecer relações com pessoas poderosas.

Como resultado, isso causa instabilidade e insegurança para toda a população, que anda nas ruas com medo. Nas comunidades, os reflexos do crime organizado são ainda maiores, crianças entram na ilusão do tráfico de entorpecentes, pessoas inocentes são assassinadas, moradores sofrem segregação, isso porque essas periferias são alvo do controle interno das organizações criminosas, principalmente ligadas ao tráfico de drogas. Por conseguinte, a desigualdade social e desconfiança no Sistema de Justiça aumentam.

Portanto, como prevê o artigo 144 da Constituição, a segurança pública é dever do Estado e direito de todos. Dessa forma, para combater o crime organizado, é necessário que o Governo Federal por meio de seu Ministério da Ciência, tecnologia e Inovação invista em inteligência e tecnologia, que a Polícia Militar aumente o patrulhamento em áreas de maior criminalidade e proteja as vítimas, afim de prender os chefes das facções facilitando as investigações, e aumentar a segurança pública. Só assim o Brasil será menos violento e desigual.

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2 Correções

  1. Olá!

    ⏺️ INTRO

    C2) Sua introdução ficou muito longa, parecendo um parágrafo de desenvolvimento. Normalmente, a estrutura desse primeiro parágrafo é contextualização => relação com o tema => antecipação dos argumentos.

    C1) Cuidado! Nunca coloque uma vírgula separando o sujeito do predicado.
    “Uma das causas desse cenário, é a grande influência que o crime organizado tem no país”
    “Um exemplo disso, foi o ataque de uma facção criminosa”
    Vírgula inadequada nos dois casos

    “Nas comunidades, onde se predomina o tráfico de drogas, essa violência é ainda mais intensa”
    Primeiramente, esse “se” não deveria estar ali. => onde predomina o tráfico
    Em segundo lugar, tenha atenção ao uso da vírgula. Do jeito que está escrito, parece que em TODAS as comunidades predomina o tráfico de drogas, porque o trecho entre vírgulas serve para explicar algo sobre o termo que veio antes. Generalizações são perigosas, nem todas as comunidades são assim. Agora, se você deixar sem essa vírgula, o sentido fica mais adequado, já que, dessa forma, indica que a violência é intensa nas comunidades em que há tráfico de drogas (e não em TODAS as comunidades).

    C3) A violência atinge somente “a camada mais pobre e vulnerável da população”? O mais correto seria acrescentar “principalmente” ou “sobretudo”.

    ⏺️ D1

    C3) É aconselhável trazer um tópico frasal, ou seja, uma breve frase que resuma o argumento que será tratado no parágrafo.

    C1) combate-las => combatê-las

    ⏺️ D2

    C3) A primeira frase parece uma conclusão do parágrafo anterior, então eu não começaria um novo assim.

    Foram apenas citados vários problemas, mas a articulação das frases não configurou uma argumentação consistente.

    => Ademais, nas comunidades, os reflexos do crime organizado são ainda maiores. Exemplo disso são as crianças envolvidas no tráfico de entorpecentes, as pessoas inocentes assassinadas e os moradores segregados. Isso tudo ocorre porque essas periferias são alvo do controle interno das organizações criminosas, principalmente ligadas ao tráfico de drogas. (??) Por conseguinte, a desigualdade social e desconfiança no Sistema de Justiça aumentam.
    (??) Explicar como as organizações criminosas geram todos esses problemas. Eu sei que parece óbvio, mas o seu texto precisa ser beemm claro. Não vale a pena jogar vários exemplos sem utilizar eles. Você pode reduzir o número de casos e trabalhar melhor com eles.

    ⏺️ CONCLUSÃO

    C3) Não é tão comum trazer novos repertórios no último parágrafo. Usualmente, não se acrescentam novas informações na conclusão.

    Além disso, quando você cita um monte de problemas no decorrer do texto, você se complica na hora da proposta de intervenção. Algumas pessoas esquecem que não basta somente ter os cinco elementos (agente, ação, meio, detalhamento e finalidade). Isso é suficiente para gabaritar a quinta competência, porém, se a sua proposta não buscar mitigar toda a problematização que você trouxe, deixando aspectos de fora, você perde pontos na terceira competência. É por isso que várias pessoas ainda fazem duas propostas de intervenção (apenas uma delas precisa conter todos os cinco elementos exigidos na C5).

    C1) “afim” => a fim
    afim: afinidade, proximidade. Ex: “Compre comidas saudáveis: frutas, legumes e afins.” (afins = coisas parecidas).
    a fim: finalidade, objetivo.

    ⏺️ GERAL
    Sua redação ficou muito “pesada” em informações. Lembre-se que a redação do ENEM é dissertativo-argumentativa, os fatos precisam estar relacionados à sua tese, articulados com os seus argumentos. Quem precisa fazer essa relação é você, por escrito, por mais que pareça óbvio, porque os corretores não sabem o que está se passando na sua mente. Eu sinto que o seu texto está muito dissertativo, ou seja, ele descreve a realidade mas não apresenta claramente um ponto de vista. Sugiro ler redações nota mil para se inspirar! Há várias delas no projeto gratuito online “Redamil”.

    C1) Gramática (uso adequado do português formal): 120/200
    C2) Compreensão do tema ✔️ e adequação ao estilo dissertativo-argumentativo: 100/200
    C3) Coerência e defesa de uma tese clara: 120/200
    C4) Coesão (conectivos): 100/200
    C5) Proposta de intervenção completa (cinco elementos) e respeitando os direitos-humanos: 200/200
    Nota final: 640/1000

    Você tem ótimas ideias, só precisa aprender a argumentar em cima delas e a utilizar diversos conectivos para interligá-las. Boa sorte e continue escrevendo, você tem bastante potencial!

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  2. Nota final: 840/1000

    Sugestões para melhoria:

    • Competência 1 (160) : Revisar pontuação e pequenos deslizes de acentuação e uso de conectivos para melhorar a coesão sintática.
    • Competência 2 (180) : Explorar mais profundamente os conceitos trazidos, como a relação histórica com a ditadura, e conectar melhor essas ideias com o contexto atual.
    • Competência 3(160): Aprofundar os argumentos e dar mais exemplos concretos sobre o impacto do crime organizado, tanto no nível social quanto no econômico.
    • Competência 4 (160): em alguns momentos, as frases poderiam ser melhor conectadas para evitar rupturas no fluxo do texto, como no segundo parágrafo, onde a transição entre a história do crime organizado e a dificuldade do Estado em combatê-lo é um pouco abrupta.
    • Competência 5(180): Detalhar mais a proposta de intervenção, especificando as etapas de implementação das ações e o papel de cada instituição.

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