Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil

Segundo o artigo 5º da Constituição Federal, todos são iguais, sem distinção de qualquer natureza. Porém, tal lei não funciona de maneira efetiva diante dos desafios — como o machismo e a negligência governamental — para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil. Assim, debater e propor soluções em relação a problemática é de suma importância.

No contexto evidenciado, o machismo atua como agente agravante na problemática. Nessa lógica, o filme “Enola Holmes”, disponível na Netflix, traz a tona o debate acerca do homem como o responsável pela falta de inserção e reconhecimento da mulher no mercado de trabalho. Ao sair da ficção, a realidade elaborada na obra não se distancia do atual cenário brasileiro, já que a figura masculina diariamente rebaixa e inviabiliza as tarefas de cuidado realizadas pelas mulheres. Neste viés, enquanto a omissão da população masculina persistir na sociedade, o trabalho de cuidado assumido pela mulher permanecerá invisível.

Outrossim, vale-se destacar o pensamento do intelectual Thomas Hobbes, o qual diz que “O Estado é responsável por garantir o bem-estar da população”. Entretanto, relacionando tal ideia a vivência brasileira, evidencia-se que a inércia dos órgãos públicos contribuem para a falta de visibilidade e desvalorização das tarefas de cuidado exercido pela figura feminina, tendo em vista que as mulheres que realizam esse trabalho não são bem pagas e tampouco recebem assistência. Dessa forma, é de extrema importância a retomada de propostas para redução de tais desafios.

Portanto, medidas são necessárias para resolução da problemática discutida. Desse modo, urge que o Governo Federal — órgão de maior importância nacional — em conjunto do Ministério do Trabalho iniciem, por intermédio de políticas públicas, a adoção de programas que visem o trabalho remunerado e a assistência as mulheres que exercem tarefas de cuidado. Ademais, é dever da mídia atribuir o protagonismo ao trabalho de cuidado por meio de campanhas e atentem a sociedade do que se trata tal emprego. Assim, a realidade de “Enola Holmes” poderá ser evitada.