Em outubro de 1988, a sociedade conheceu um dos documentos mais importantes da história do Brasil: a Constituição Cidadã, cujo conteúdo garante a proteção aos idosos. Entretanto, a dificuldade de implementação de leis que atacam o abandono afetivo do idoso no Brasil impede que muitos brasileiros usufruam desse direito constitucional. Com efeito, a solução do problema pressupõe que se combata não só a invisibilidade dos idosos desprotegidos, mas também a omissão do Estado.
Diante desse cenário, a desigualdade social favorece a invisibilidade da dignidade humana dos idosos desamparados. Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos – promulgada em 1948 pela ONU – assegura que todos os indivíduos fazem jus a direitos básicos, a exemplo da proteção à vida na terceira idade. Ocorre que, no Brasil, muitos velhos de baixa renda estão distantes de vivenciar o benefício previsto pelas Nações Unidas, sobretudo pela falta de políticas públicas capazes de implementar o amparo a seres mais idosos afetivamente desprotegidos. Assim, se os sujeitos desprezados de afeição continuarem tratados como invisíveis, os direitos firmados em 1948 permanecerão como privilégios.
Ademais, a inércia estatal inviabiliza a efetiva implementação do acolhimento ao idoso esquecido. A esse respeito, o filósofo inglês John Locke desenvolveu o conceito de “Contrato Social”, a partir do qual os indivíduos deveriam confiar no Estado, que, por sua vez, garantiria direitos inalienáveis à população. Todavia, a falta de programas de educação familiar para cuidados com pessoas envelhecidas evidencia que o Poder Público se mostra incapaz de cumprir o contrato de Locke, na medida em que as autoridades de assistência social não capacitam filhos e demais familiares desses idosos para cuidar de criaturas abandonadas afetivamente, o que representa grave problema. Desse modo, enquanto a omissão estatal se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com uma das mais cruéis mazelas para os idosos descuidados: o abandono afetivo dos mais velhos.
É urgente, portanto, que as escolas – responsáveis pela transformação social – ensinem a sociedade a buscar melhorias em relação aos cuidados com pessoas esquecidas, por meio de projetos pedagógicos, como campanhas educativas sobre os cuidados com pessoas de terceira idade abandonadas, na internet e na TV, oficinas e ações comunitárias. Essa iniciativa terá a finalidade de romper a inércia do Estado e de garantir que o tratamento digno aos seres envelhecidos esquecidos previsto pelas Nações Unidas deixe de ser, de fato, uma utopia no Brasil.
MireleS
Escrita muito bem gramaticalmente. Acho que deveria abordar mais sobre o Estatuto do Idoso e citar mais sobre as politicas públicas sobre essa realidade.
A primeira parte do desenvolvimento está muito boa.
Seria interessante na conclusão usar mais agentes de intervenções.
No geral está muito boa, parabéns.
Rick216
Boa redação.
“mas também,* a omissão do Estado” – Linha 5
“ fazem jus AOS* direitos básicos” – Linha 8
“ qual os indivíduos deveriam confiar no Estado”, a expressão DEVERIAM CONFIAR demonstra-se coloquial, por isso, é preferível usar: “os indivíduos cederiam sua liberdade ao Estado”, para garantir maior clareza à tese de John Locke e evitar o coloquialismo, – Linha 16
“ Brasil será obrigado a” , mais uma vez marca da linguagem informal.
Sobre a C5, o agente ESCOLAS não garante que os problemas supracitados sejam efetivamente solucionadas, tendo em vista que não atinge a maior parcela da população elencada na D1 e D2. Busque um agente que melhor exerça essa função. Desse modo, há um problema de um dos elementos, pois ESCOLAS é vago. (160)
Apesar de apresentar elementos conectivos intra e entre parágrafos, poderiam ser melhor utilizados ao longo da D1 e D2, pois, em alguns períodos, poderiam ter sido introduzidos alguns conectivos para manter a fluidez da leitura e melhorar o entendimento.
Laudo
C1 120
C2 160
C3 200
C4 160
C5 160
Nota final 800
PARABÉNS
Mim_Ajuda_PUVAVO
Sua redação está absolutamente impecável, sem erros, com exceção ao último parágrafo. O repertório cultural e legislativo trazido e explicado de forma clara e coesa fez, na minha concepção, você gabaritar 4 das 5 competências.
Há alguns erros no trecho “. Essa iniciativa terá a finalidade de romper a inércia do Estado e de garantir que o tratamento digno aos seres envelhecidos esquecidos previsto pelas Nações Unidas deixe de ser, de fato, uma utopia no Brasil.”
Teria que ser reescrito da seguinte maneira: essa iniciativa terá a finalidade de romper a inércia do Estado e DE (use elementos coesivos de valor aditivo: como também, bem como, não só… mas também) garantir que o tratamento digno aos seres envelhecidos E esquecidos, o qual foi previsto pelas Nações Unidas, deixe de ser, de fato, uma utopia no Brasil.
O texto está muito bem feito, só essa parte final que poderia ter sido mais coesa, nota Final 980
Stephany Sousa
Boa noite, só estou tentando conseguir pontos.
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