Na telenovela de sucesso “O Outro Lado do Paraíso”, produzida pela Rede Globo, narra o núcleo que envolve a personagem Laura. Sob esse viés, na trama, a garota sofreu abusos do padrasto Vinícius, que era delegado e, durante anos, teve que lidar em silêncio com as consequências psicológicas dos episódios de quando ainda era criança. Nesse sentido, da tela para a vida real, a temática da narrativa está intimamente relacionada à sociedade brasileira atual, visto que a persistência da violência contra a mulher é um problema que restringe a cidadania no país. Com efeito, hão de ser analisadas as causas que corroboram esse grave cenário: o machismo estrutural presente na sociedade, como também a falta de ações por parte do Governo inibidoras dessa violência.
Diante desse cenário, a atitude de prepotência do homem em relação à mulher tem se tornado frequente, o que se faz uma rotina preocupante. Acerca desse raciocínio, a produção ficcional “Continência ao Amor”, da Netflix, exibe o melodrama de Cassie Salazar- uma garçonete que luta para ser reconhecida por meio de sua vocação musical -. No Pubby em que trabalha, ela é rotineiramente assediada pelos fuzileiros navais, sob a desculpa de “estarem no seu direito de assediá-la e violá-la por servirem aos EUA no Iraque”. Dessa maneira, essa realidade se relaciona com o Brasil, na medida em que mostra a prática de ações machistas que muitos homens adquirem apenas por pensarem que são superiores às mulheres, muitas vezes, levando-as à violência física, caso não se submetam a eles. Assim, o exagerado senso de virilidade agressiva por parte desses indivíduos, tem sido relativamente responsável pelo agravamento desse problema.
Ademais, a ausência de compromisso do Governo no tocante à proteção dessas vítimas é um fator que alimenta o prosseguimento da violência contra a mulher. Nesse contexto, a Lei Maria da Penha, define que a violência contra a mulher é crime e aponta as formas de enfrentar e punir o ato de agressão. Além disso, indica a responsabilidade que cada órgão público tem para ajudar a mulher que está sofrendo a violência. Entretanto, ocorre que, no Brasil, essas vítimas estão distantes de vivenciar o benefício previsto pela Lei Maior, sobretudo por órgãos de segurança pública que não concretizarem a sua função de assistência à segurança a essa minoria afetada. Logo, a mulher, vítima de agressão na sociedade brasileira, deve ser acolhida por meio da humanização do atendimento, conforme dispõe a Lei Maria da Penha.
É preciso, portanto, trabalhar mais no combate desse tipo de crime. Desse modo, cabe ao Estado – responsável pela efetividade das políticas de segurança do país – criar redes de atendimento para oferecer ajuda física e psicológica às mulheres vítimas de violência, por meio de projetos institucionais com profissionais qualificados e capacitados para oferecer ajuda emocional no atendimento das mulheres mártires desse ato covarde e cruel. Essa iniciativa terá a finalidade de romper a inércia do Estado e de garantir que o tratamento digno previsto pela Lei Maria da Penha deixe de ser uma utopia, de modo que o Brasil possa ser, de fato, uma sociedade justa e livre da ausência de agressões contra essa parcela feminina.
Felipe001
Nossa gostei muita da sua redação, de primeiro impacto achei com muitos exemplos , porém na medida que fui lendo fui compreendendo e fui seguindo a sua linha de raciocínio, me parece que vc está alguns anos treinando redações e seguir dessa forma vai conquistar várias provas de concurso e vestibular e com certeza chegará bem próximo da nota máxima em vários deles, parabéns continua fazer redações.
Alixo
Opa! Vou tentar corrigir sua redação.
Introdução:
Em “[..]produzida pela Rede Globo, narra…”, eu acredito que não tem essa vírgula pois não separa o verbo (narrar) do sujeito (Globo).
Em “da tela para a vida real”, talvez “fora da tela” fique melhor.
Em “a temática da narrativa…” substitua por dramaturgia para não ficar algo repetitivo.
D1:
Em “[…]desses indivíduos, tem sido…”, não separe o verbo (ter) do sujeito (indivíduos), além disso, o verbo vai para o plural para concordar com o “indivíduos”.
Ratificar para “[…] desses indivíduos têm sido…”.
D2:
“Além disso, indica a responsabilidade que cada órgão público tem para ajudar a mulher que está sofrendo a violência”. Parágrafo desnecessário
Em “sobretudo por órgãos de segurança pública que não concretizarem a sua função de assistência à segurança a essa minoria afetada”. Vc poderia citar um problema causado às mulheres pela omissão das autoridades.
Conclusão:
Proposta de intervenção muito bem feita, bem organizada.
C1: 160
C2: 200
C3: 120
C4: 160
C5: 200