Os desafios da adoção de crianças no Brasil

Na novela “Chiquititas”, da emissora SBT, é retratado a vida de órfãos em busca de um lar. Todavia, dificuldades eram recorrentes, visto que, sempre havia preferências e empecilhos que impediam a adoção, muitas vezes ocasionando a fuga de crianças. Nesse contexto, é possível relacionar tal situação com a realidade de muitos órfãos brasileiros, pois, ainda existe indiferença da sociedade diante do problema, bem como a preferência de certas características na fila de adoção.

Em primeiro lugar, é notório a dificuldade da adoção de crianças e jovens no Brasil. Visto que, grande parcela dos adotantes preferem crianças abaixo de 6 anos, sem problemas de saúde e de pele clara. No filme “Um sonho possível”, é retratado a difícil adoção de “big mike” por ser negro e possuir um estereótipo forte. Portanto, é possível comparar tal situação com esses adotantes quais sobrepõem as vantagens de adotar alguém mais velho ou a não responsabilidade de saber, ou querer cuidar de alguém doente.

Em segundo lugar, a indiferença da sociedade em relação ao acolhimento de crianças é preocupante. Nesse contexto, é evidente o preconceito de certa parcela da população com tal ação, o ator Bruno Gagliasso foi alvo de vários ataques virtuais por adotar uma garota negra, tal atitude ressalta ao grande “tabu” que precisa ser quebrado.

Em sua, é de grande importância a resolução do problema. Logo, cabe ao Governo a flexibilização de leis para adoção, além do estímulo da adoção de crianças maiores ou com problemas de saúde, através de campanhas publicitárias ou com auxílio aos adotantes de crianças com doenças como planos de saúde, com intuito de acabar com tal “tabu” e reduzir as filas de adoção por motivos de preferência.