A importância de combater a caça predatória no Brasil (ENEM)

No filme “Rio”, é retratada a trajetória do tráfico de diversos animais, principalmente aves, que são comercializados ilegalmente. Nesse sentido, infelizmente a ficção não destoa da realidade brasileira, visto que o comércio ilegal de animais cresce de forma indiscriminada. Além disso, a caça predatória causada pela falta de proteção efetiva, resulta na perda da biodiversidade.

Em primeiro plano, deve-se pontuar a falta de fiscalização como um dos motivadores da problemática. Mesmo com a Lei da Fauna, que proíbe matar e caçar sem a devida licença, a caça continua a ser praticada em todo país. Sob esse viés, um grande impasse para a efetivação da lei é a extensão territorial das matas e florestas, como a floresta Amazônica que é a maior do mundo, dificultando o monitoramento devido à falta de disponibilidade de agentes do IBAMA em campo para fiscalizar as áreas. Verifica-se, portanto, o impacto da grande extensão territorial na efetivação da lei no que tange à biodiversidade.

Entretanto, os problemas não se encontram apenas nas causas da caça predatória, mas também nas consequências dessas. Na primeira geração do romantismo, a natureza e seus componentes eram valorizados e enaltecidos, como no poema “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias. Em contraste, atualmente o comércio ilegal de animais silvestres é a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo, tal prática mostra como os valores foram invertidos da apreciação para a cassação, gerando desequilíbrio ecológico que pode levar à extinção das espécies. Assim, é inegável que essa situação apenas intensifica porquanto a proteção da fauna não é vista como premência.

Logo, a Polícia Ambienta, junto ao IBAMA, deve aumentar a fiscalização através do mapeamento de rotas de tráfico, ampliando o número de patrulhas e agentes, a fim de melhorar a proteção desses animais. Espera-se com essas medidas, que o combate à caça predatória seja otimizada e o desequilíbrio ecológico evitado.