Violência Entre Torcidas Organizadas de Futebol

A constituição Federal de 1988, o documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6, o direito ao lazer e segurança como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se o reverberado com ênfase na prática quando se observa a violência entre torcidas organizadas de futebol, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperida a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a falta de segurança. Nesse sentido, mostra em síntese, que a violência por parte dos torcedores é a dimensão do cotidiano dos grandes centros urbanos na sociedade brasileira. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como violação do “contrato social”, já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a emoção e lazer de acompanhar um partida de futebol em segurança, como infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar a desigualdade de opinião como impulsionador da violência no Brasil. Segundo Raimundo Teixeira Mendes, em 1889, adaptou o lema “Ordem e Progresso” não só para a “Bandeira Nacional Brasileira”, mas também para a nação que na atualidade, enfrenta inúmeros empecilhos para o seu desenvolvimento. Infelizmente, entre eles, a violência representa uma antítese à máxima do símbolo pátrio, uma vez que tal postura resulta desordem e no retrocesso do desenvolvimento social.
Deprende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o governo, por intermédio do parlamento responsável pela cultura e esporte, insira palestras e intensifique departamentos responsável para combater a falta de segurança, a fim de diminuir os casos de violência no futebol, e na sociedade brasileira contemporânea para o melhor convívio. Assim, se consolidará uma sociedade mais humanizada, onde o estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma a carta magna e a filosofia de John Locke.