Durante o período pré-colonial brasileiro, a extração indiscriminada do pau-brasil resultou em enormes problemas para a fauna e a flora nacionais. Além da quase extinção da especiaria tão requerida pelos portugueses, o primeiro ciclo econômico da história do país foi marcado pelo início da destruição das comunidades indígenas que lá habitavam. No dias atuais, a caça predatória por recursos naturais de maneira ilegal tem gerado consequências semelhantes às presentes no começo da história do Brasil, sendo a ausência de uma fiscalização adequada por parte das autoridades a principal causa pela manutenção desse problema.
Antes de tudo, é preciso apontar os reais impactos socioambientais que o extrativismo ilegal promove sobre a nação brasileira. Acerca dessa temática, no ano de 2022, a população assistiu horrorizada à notícia de duas mulheres indígenas que foram assediadas por garimpeiros na região amazônica. Além de estarem em situação irregular, o criminosos feriram gravemente a integridade moral de membros de comunidades locais, um fenômeno que vem crescendo muito no cenário nacional. Já no âmbito ambiental, com o uso de satélites, estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) têm mostrado que o ritmo do desmatamento na região Norte do país é o maior nos últimos dez anos, tal fato evidenciando o total descaso dos governos vigentes para com essa questão.
Ademais, cabe pontuar que, de acordo com a Constituição de 1988, documento máximo do país, a preservação dos patrimônio naturais tal qual a integridade das comunidades indígenas são condições que devem ser asseguradas pelo Estado. Todavia, como já referido anteriormente, o crescimento do extrativismo ilegal demonstra que tais elementos constitucionais não estão sendo considerados na prática pelo Governo Federal.
Portanto, é essencial uma mudança quanto ao posicionamento do governo brasileiro em relação a essa problemática. Dessa forma, faz-se necessário que órgãos estatais, como o Ministério do Meio Ambiente, busquem avançar de maneira expressiva a fiscalização em zonas suscetíveis à exploração ilegal de recursos naturais. Através da organização de expedições visando averiguar se a situação de extrativistas está regular, bem como analisar de maneira minuciosa documentação e instrumentos utilizados nos processos será possível realizar uma fiscalização de forma efetiva, passo imprescindível para uma nação com a ambição de progredir.
Renan2007
Olá, boa noite à vossa mercê. No que compete a introdução e adequação ao tema em questão, sua alusão histórica, correlacionando o período pré-colonial a contemporânea problemática abordada raia, de fato, conhecimento prévio acerca de tal tema. Ainda neste âmbito, transcreve-se inescusável a utilização dos conectivos, com o vislumbre de articular de maneira adequada as sentenças de sua redação. Para tanto, sugiro que, após a primeira sentença, ainda no primeiro parágrafo, seja incrementado uma conjunção que remete uma circunstância de consequência, a título de exemplo, “Por conseguinte”, para instituir, desta maneira, uma relação semântica entre ambas as sentenças. Recomendo-lhe a inutilização de termos considerados “clichês”, tal como “Nos dias atuais”, já previsto na terceira sentença. Torna-se preferível a utilização de termos como, “Na contemporaneidade”, ou ainda, “Em tempos hodiernos”, pois estes, raiam repertório de vocabulário que melhor se adequam a estrutura de uma redação. Ao mesmo tempo, sua tese é veemente, ao passo que aponta, com efeito, o cerne da vertente, isto é, o ponto crucial que engendra para este empecilho. Não obstante, já partindo ao primeiro parágrafo de desenvolvimento, seria demasiado interessante que fosse efetivada a colocação de uma conjunção, “Mormente”, com a finalidade de substituir o termo “Acima de tudo”, haja vista que tal é comumente utilizado. Ainda assim, é válido pontuar que, o segunda e terceiro axioma fogem, substancialmente, do tema propriamente dito. Ademais, convém ressaltar que a utilização de termos flexionados no gerúndio, exemplificando a quarta sentença, ainda no primeiro parágrafo de desenvolvimento, deva ser inibida, ao passo que tal uso ocasiona, ineludivelmente, para uma inadequação temporal, visto que tal demonstra uma ação que ainda está sendo realizada. Em outra perspectiva, o terceiro parágrafo, segundo de desenvolvimento, carece de aprofundamento necessário para evidenciar o ponto crucial dessa. Outrossim, no que concerne ao parágrafo de conclusão, aconselho-lhe a colocação de dois agentes interventivos, para melhor especificação da ação a ser realizada. Destarte, dar-se-ia seu aperfeiçoamento, como um redator, ponto que hodiernamente não se distancia da realidade.
Assim, de tal meio a considerar as cinco competências exigidas pelo Exame Nacional do Ensino Médio, dar-lhe-ia a nota de 860 pontos.
*Recomendo-lhe a atenção quanto a concordância em verbo, gênero, sujeito e número.*
joacélio23
Oi, Carlosruas!!
Não sou um profissional de redação, mas vou tentar ajudar vc!
INTRODUÇÃO: Voce contextualizou muito bem o tema, com uma alusão histórica bem eficiente. Porém sugiro uma alteração no seguinte trecho: “a principal causa pela manutenção desse problema” , pois ficou um pouco confuso. Troque o “pela” por “da”.
DESENVOLVIMENTO: Gostei do uso de repertórios socioculturais bem aplicados a temática, já no segundo parágrafo argumentativo a sua argumentação está muito escassa, falto de argumentação. Só citar a CF não basta, vc tem que contextualizá-la com a sua tese.
CONCLUSÃO: bem incrementada, com todos os elementos bem encaixados.
C1 200
C2 120
C3 160
C4 160
C5 200
total: 840
guialv.es
Oi, Carlos. Vou tentar te dar algumas dicas, lembrando que não sou profissional, só quero ajudar.
INTRODUÇÃO – Gostei bastante do que você escreveu, acho que introduziu bem o tema e mostrou algumas consequências (quase extinção do pau-brasil e a destruição das comunidades indígenas), falar sobre a colonização foi uma boa ideia. Mas a parte que você colocou “a principal causa pela manutenção desse problema” ficou um pouco confusa, acredito que seja melhor substituir o “pela” por “da”.
DESENVOLVIMENTO 1 – O uso de uma notícia atual foi uma boa jogada, mostra que você acompanha o que vem acontecendo na sociedade. Acredito que a frase “a população assistiu horrorizada à notícia” não precisa de crase.
DESENVOLVIMENTO 2 – Comparado com o primeiro desenvolvimento, achei esse parágrafo mais fraco. A citação da CF foi boa mas senti que faltou algo.
INTERVENÇÃO – Uma ótima intervenção, pontuando o agente (Ministério do Meio Ambiente), a ação (avançar a fiscalização em zonas suscetíveis ao extrativismo ilegal), o modo (organização de expedições), a finalidade (fiscalização efetiva), e um leve detalhamento (passo imprescindível para uma nação com a ambição de progredir).
Em geral, acho que você escreve bem. Tem um bom repertório sociocultural e apresentou bem a sua ideia. Uma ótima redação, parabéns :)