A Covid-19 agravou não apenas problemas político e econômico como também levou o mundo ao luto. Ao sair do cenário pandêmico, nota-se que a problemática apresentada ainda percorre a atualidade brasileira: a dificuldade de lidar com a morte e o sofrimento pós perda. A partir desse contexto, é imprescindível compreender que isso ocorre, majoritariamente, devido à ausência da abordagem temática na sociedade e a negligência de apoio emocional competente.
Com efeito, é imperativo destacar a visão deturpada que o corpo social tem em relação à morte. Uma vez que, o óbito está diretamente associado a sentimentos ruins como aflição, angústia e melancolia, e isso faz com que as pessoas tenham dificuldade de falar sobre o tópico. No entanto, os adeptos ao Kardecismo articulam abertamente, crendo que mesmo após a passagem da vida física, o espírito permanece vivo em um novo plano astral. Dessa forma, há uma reflexão de que a reencarnação é uma nova oportunidade de melhorar e evoluir. Ao longo dos axiomas supracitados, dá-se ênfase, que a conjunção é maléfica para o entorno social, desse modo, torna-se fundamental desfazer o tabu criado no que se refere à fala diante a morte e mitigar as consequências que afetam a saúde mental da população.
Além disso, a negligência de ações estatais que visem assistência psiquiátrica reflete como impulsionadora desse óbice social. Nesse sentido, ainda que o direito à saúde seja assegurado pela Constituição de 1988, os problemas associados a estados patológicos gerados pelo luto ultrapassam a esfera nacional, haja vista que a demanda de familiares e amigos que perdem entes queridos é incompatível com a disponibilidade falta programas do governo federal, que há disponibilidade de psicólogos com o fito de contribuir e promover o diálogo sobre o tema, desmistificando os processos de luto como algo indizível e intratável. Ao seguir essa linha de pensamento, à medida que o indivíduo não tem seus direitos regularizados, a possibilidade de desenvolver distúrbios inclusão no meio social aumenta, por conta da inevitabilidade de políticas públicas ostensivas de acesso a auxílio psiquiátrico. Diante dos fatos apresentados, é profícuo viabilizar o suporto psicossocial para cidadãos no território nacional.
Portanto, a fim de extinguir os reveses relativos à dificuldade de lidar com a morte. Para isso, é fulcral que o Poder Executivo Federal, mais especificamente o Ministério da Justiça — órgão responsável pela garantia dos direitos constitucionais —, estimule ações estratégicas que promovam a assistência psiquiátrica dos indivíduos desolados pelo luto. Essa iniciativa ocorrerá por meio de um “Projeto Nacional de Amparo aos Enlutados”, o qual irá contar com o apoio de profissionais qualificados da área da saúde. Logo, espera-se que, dessa forma, o país tupiniquim consiga suportar a perda imensurável causada pela pandemia e a que estão por vir.
biaf13
Competência 1 (uso da norma culta): 120
-Apresenta alguns desvios de concordância e uso de crase e vírgula.
Competência 2 (tema e repertórios): 160
-A introdução está bem elaborada, contendo a tese e apresentando os argumentos a serem desenvolvidos, parabéns! Para melhorar sua redação, tente tornar seus repertórios mais produtivos, a ideia do Kardecismo foi autêntica, porém ficou um pouco solta no texto.
Competência 3 (Argumentação): 160
-Sua tese está bem clara e a proposta de intervenção é coerente com a opinião defendida ao longo do texto.
Competência 4 (uso de conectivos): 200
-Bom domínio do uso dos conectivos, sem grandes desvios ou repetições, parabéns!
Competência 5 (Proposta de intervenção): 200
-Proposta completa e contendo os 5 elementos, ótimo!
NOTA FINAL: 840
Parabéns pelo texto e bons estudos! :)
mylle3008
Olá. Pretendo te ajudar na correção da sua redação com base nos critérios exigidos pelo enem.
A Covid-19 agravou não apenas problemas político e econômico [ políticos e econômicos] como também levou o mundo ao luto. Ao sair do cenário pandêmico, nota-se que a problemática apresentada ainda percorre a atualidade brasileira: a dificuldade de lidar com a morte e o sofrimento pós perda. A partir desse contexto, é imprescindível compreender que isso ocorre, majoritariamente, devido à ausência da abordagem temática na sociedade e a [à] negligência de apoio emocional competente.
>>> excelente compreensão do tema e apresentação da tese e dos argumentos. o candidato cumpriu todas as exigências da introdução.
Com efeito [ acredito que esse conectivo não passou a ideia de início de desenvolvimento, troque por: nesse contexto], é imperativo destacar a visão deturpada que o corpo social tem em relação à morte. Uma vez que, o óbito está diretamente associado a sentimentos ruins como aflição, angústia e melancolia, e isso faz com que as pessoas tenham dificuldade de falar sobre o tópico. No entanto, os adeptos ao Kardecismo articulam abertamente, crendo que mesmo após a passagem da vida física, o espírito permanece vivo em um novo plano astral. Dessa forma, há uma reflexão de que a reencarnação é uma nova oportunidade de melhorar e evoluir. Ao longo dos axiomas supracitados, dá-se ênfase, que a conjunção é maléfica para o entorno social, [.] [Desse modo] desse modo, torna-se fundamental desfazer o tabu criado no que se refere à fala diante a morte e mitigar as consequências que afetam a saúde mental da população.
>>> gostei da forma como você abordou os sentimentos em relação ao tema, mas acho que esse repertório não ajudou muito na sua argumentação, tipo a ideia de colocar o Kadercismo foi um pouco confusa, talvez se fizesse um contrapondo com outras religiões e com a população seria melhor para ti. (C2)
Além disso, a negligência de ações estatais que visem assistência psiquiátrica reflete como impulsionadora desse óbice social. Nesse sentido, ainda que o direito à saúde seja assegurado pela Constituição de 1988, os problemas associados a estados patológicos gerados pelo luto ultrapassam a esfera nacional, haja vista que a demanda de familiares e amigos que perdem entes queridos é incompatível com a disponibilidade [trecho confuso, reescreva-o] falta programas do governo federal, que há disponibilidade de psicólogos com o fito de contribuir e promover o diálogo sobre o tema, desmistificando os processos de luto como algo indizível e intratável. Ao seguir essa linha de pensamento, à medida que o indivíduo não tem seus direitos regularizados, a possibilidade de desenvolver distúrbios inclusão no meio social aumenta, por conta da inevitabilidade de políticas públicas ostensivas de acesso a auxílio psiquiátrico. Diante dos fatos apresentados, é profícuo viabilizar o suporto psicossocial para cidadãos no território nacional.
>>>> ótimo parágrafo de desenvolvimento, ao contrário do D1, você conseguiu abordar a temática com o uso adequado do repertório e com o aproveitamento dele na sua argumentação, que por sinal, ficou impecável. Lembre-se sempre de usar repertórios que favoreçam o seu ponto de vista e que tenha um bom domínio.
Portanto, a fim de extinguir os reveses relativos à dificuldade de lidar com a morte. Para isso, é fulcral que o Poder Executivo Federal, mais especificamente o Ministério da Justiça — órgão responsável pela garantia dos direitos constitucionais —, estimule ações estratégicas que promovam a assistência psiquiátrica dos indivíduos desolados pelo luto. Essa iniciativa ocorrerá por meio de um “Projeto Nacional de Amparo aos Enlutados”, o qual irá contar com o apoio de profissionais qualificados da área da saúde. Logo, espera-se que, dessa forma, o país tupiniquim consiga suportar a perda imensurável causada pela pandemia e a que estão por vir.
>>> proposta completa de intervenção.
C1:160
C2:160
C3:200
C4:200
C5:200
NOTA:920
obs: acho que essa seria uma nota bem condizente com o seu texto e pela firmeza da sua argumentação na maioria das partes do seu texto, você conseguiu fechar a competência 3. Cuidado apenas com os erros gramaticais de crase e com alguns trechos que ficaram confusos, mas poderiam ser resolvidos com um pouco mais de atenção. Preste bastante atenção se o seu repertório está sendo produtivo e relacionado com a temática para não correr o risco de se prejudicar na C2. Parabéns pelo 900+ e espero ansiosamente pela sua evolução. Se gostou da correção, vota aí ;)
FRANCISCOFONTENELLE
1 – Introdução bem elaborada, sem repertório, mas com um tópico frasal voltado ao tema. Fez uma tese objetiva e clara, além de ter explicitado o “spoiller” do projeto de texto. Isso é produzir objetividade daquilo que será discutido, isto é, dar ao corretor rumo dos argumentos discutidos no D1 e D2.
2 – Faltou explorar com mais produtividade sobre a “ausência da abordagem temática na sociedade” apontada no projeto de texto. O repertório citado não foi tão produtivo para a temática abordada. Além disso, os períodos estão muito longos, o que dificulta o entendimento deles. Explore com mais produtividade a primeira ideia mencionada no projeto de texto.
3 – Inicia com uma boa estratégia coesiva e retoma ao problema abordado para argumentar no D2. Cita um repertorio cultural produtivo para o argumento, comenta-o. Todavia, a produção dos períodos se dá de igual modo à do segundo. São muito extensos e isso compromete o sentido, a coerência, e o entendimento deles. Cuide para escrever períodos curtos e ligados, devidamente, por conectivos.
4 – Boa estratégia coesiva para iniciar o último parágrafo. A proposta de intervenção está completa, pois apresenta todos os elementos exigidos. Enfim, fica uma sugestão: use palavras simples para produzir o texto. Lembre-se de que o corretor não se deixa impressionar pelo vocabulário exímio e erudito, o que ele quer saber é da estrutura do texto e se atende à matriz Referência do Enem.
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Avaliação de acordo com as competências de correção da redação do Enem:
COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. PONTUAÇÃO: 160
A banca de correção cobrará os seguintes pontos:
• entender as principais diferenças entre as modalidades oral e escrita(o texto não pode conter gírias, expressões coloquiais nem marcas de linguagem falada, inclusive abreviações como “tá”, “vc” etc.);
• ter atenção às regras ortográficas e gramaticais;
• produzir um texto com entendimento de estética geral e que respeite o número máximo de linhas (para que o texto seja corrigido, deve ter mais de 7 linhas escritas);
• ter precisão vocabular, isto é, usar as palavras no contexto adequado e coerente;
• saber o momento certo de usar letras maiúsculas e minúsculas;
• compreender as regras de divisão silábica nas mudanças de linha.
COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. PONTUAÇÃO: 120
A banca vai avaliar:
• a compreensão da proposta. Além de não fugir do tema, você não deverá ficar preso aos textos motivadores disponíveis. Eles servem para sua reflexão, mas não devem ser copiados.
• o conhecimento e a relação das várias áreas do conhecimento existentes, como literatura, história, cinema, biologia, ciências, jornalismo etc.;
• estruturação correta de um texto dissertativo-argumentativo (introdução, desenvolvimento e conclusão).
COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. PONTUAÇÃO: 120
Seu texto deverá contar com:
• progressão textual(cada parte do texto deve estar conectada às demais);
• ordem lógica, ou seja, ter início, meio e fim;
• coerência(seu texto não deve se contradizer e nem distorcer o mundo real);
• encadeamento de ideias(os parágrafos devem ser hierarquizados e trazer novas informações sem mudar repentinamente de assunto).
COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos necessários para a construção da argumentação. 120
Seu texto deve contar com alguns elementos para ser bem avaliado na Competência 4 do Enem:
• parágrafos bem estruturados(um bom parágrafo deve ter uma ideia central — tópico frasal —, à qual ideias secundárias serão conectadas);
• períodos estruturados(normalmente, um texto dissertativo apresenta encadeamento de ideias, estruturadas por duas ou mais orações, expressando causa e consequência, tempo, comparação, conclusão ou contradição);
• referências(informações, dados e fatos devem ser retomados enquanto o texto progride, o que pode ser feito com a utilização de artigos, pronomes e advérbios).
COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. PONTUAÇÃO: 200
Antes de entregar sua redação, verifique se o texto:
• tem uma proposta de intervenção (É preciso que você proponha uma solução para o problema da proposta, que seja passível de implementação e relacionada com os argumentos utilizados);
• conta com detalhes como ela será implementada(quem fará, como fará, quais são as etapas para implementação, com quais objetivos?);
• é possível de ser executada;
• respeita os Direitos Humanos(você não deve ferir o direito à vida, à cidadania, à liberdade e à diversidade).
Nota final: 720
• Não desista. Continue escrevendo!