os revezes do racismo para o desenvolvimento da sociedade brasileira

       O inicio das grandes navegações e a colonização portuguesa- visando exploração das terras brasileiras- disseminou a diversidade étnica e cultural no brasil. Conquanto a utilização da mão de obra escrava, enraizou o “câncer” do preconceito na sociedade. O racismo é um crime atrelado a desinformação e a não valorização da cultura. A constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do pais, antevê em seus artigos 6° e 215°, como inerente à todo cidadão brasileiro o direito à educação e à cultura- respectivamente- nesse viés, torna-se imprescindível a análise dos revezes do racismo para o desenvolvimento da sociedade verde e amarela, para que  problemáticas como: ocupação de altos cargos, majoritariamente, por brancos  e diferença salarial, não continuem a perdurar.

     Em uma primeira análise, o governo tem o dever de garantir os direitos constitucionais. O filosofo John Locke define essa prática como “Contrato social”. A evidência de problemáticas como: Diferença salarial entre negros e brancos e ocupação de cargos de alta relevância por brancos, em distopia com a construção social, que se dá pela sua maioria de negros. Inicia um paradoxo que revela a quebra dos direitos e consequentemente do contrato social. O patrono da educação, Paulo Freire, disserta sob a ótica de: “A educação não muda o mundo, ela muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo”, ou seja, um individuo intolerante, se torna mentecapto ao estabelecer a melanina- definida pelo material genético- como parâmetro para distinção da espécie em “raças”, quebrando anos de evoluções cientificas. Conclui-se, portanto, que todos os seres humanos são iguais.

      Em uma segunda análise, a obra cinematográfica “Cidade de Deus”, se passa nas comunidades brasileiras, evidenciando a violência e falta de oportunidades para os mais pobres como alicerces para o crime. Além de mostrar o quão importante é a cultura e escolarização na vida dos jovens negros de comunidades, os quais já são marginalizados pela sociedade, devido o racismo que ainda está enraizado no social. Acerola, apelido do protagonista fílmico, ministrou para seus colegas uma aula de historia fazendo uso de vocábulos destoantes da realidade burguesa, mostrando que conhecimento e cultura não possuem classe social. Em uma cena, a policia troca tiros com bandidos na frente da escola, impossibilitando a saída dos estudantes e impondo o medo em um ambiente que deveria servir de rota de fuga para a realidade conturbada nas periferias. Torna-se notório a ineficiência governamental, para com, seus deveres. o sociólogo Zygmunt Bauman tem a teoria das instituições zumbis, que descrevem a existência de órgãos governamentais que não executam suas respectivas funções. Sendo notório no longa metragem e podendo ser associado à realidade contemporânea.

     Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater todas as problemáticas anteriormente trazidas. É imprescindível que o governo estadual, juntamente com o ministério da educação, realize a conscientização dos jovens para a importância da educação e consciência de igualdade perante à todos. Mostrando os problemas gerados pela falta de tais, assim como retrata a obra fílmica “Cidade de Deus”. Tais sopesamentos devem ocorrer através de palestras e propagandas escolares. Para então a educação começar a mudar pessoas e posteriormente o mundo, assim como dissertava Paulo Freire. É de extrema importância, também, que a secretaria da justiça trate tais atos racistas como criminologia e dê suas respectivas sentenças, assim como consta na constituição. Visando mostrar a gravidade de atos preconceituosos. Mantendo assim o contrato social e quebrando a ideologia das instituições zumbis.

Obs: minha letra é bem pequena e legível, portanto consegui colocar todo os dados do texto sem extrapolar o limite de linhas.

A organização do texto está bugada, então separei os parágrafos para ficar melhor organizado.