O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

A atual Constituição brasileira, promulgada em 1988, assegura o direito à saúde para todos os cidadãos. No entanto, esse direito não tem sido bem usufruído por todos os brasileiros, uma vez que os transtornos mentais e suas cicatrizes, muitas vezes, não são tratados com seriedade pela população, a qual grande parte sofre – às vezes, sem saber – por problemas relacionados à saúde mental, tais como depressão e ansiedade. Em razão disso, torna-se premente solucionar as problemáticas citadas e suas consequências.

Primeiramente, nota-se que nem todos os brasileiros dão a devida importância à preservação da saúde mental. Nesse sentido, muitos ignoram os transtornos psíquicos alheios e as feridas deixadas por estes últimos, alegando que se trata de algo sem sentido, desvalorizando as marcas deixadas por eles e, desse modo, deixando de auxiliar a quem talvez precise de apoio psicológico.

Em segundo lugar, uma parcela considerável da sociedade sofre de discriminação (das mais variadas). Racismo, machismo e homofobia, por exemplo, fazem parte do dia a dia de muitos cidadãos. Sob essa perspectiva, segregações sociais (de raça, gênero, orientação sexual, etc.) resultam, frequentemente, em agressões físicas e verbais, além de outras formas de preconceito, o que pode levar vários indivíduos a quadros de transtornos psicológicos e estes estigmatizarem grande parte da sociedade.

Portanto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Para tal, cabe ao Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, através de palestras materiais didáticos e oferecimento de consultas médico-psicológicas, informar os cidadãos sobre a importância do diagnóstico e tratamento de transtornos mentais, além de tratá-los, a fim de solucioná-los e evitar traumas psicológicos. Dessa forma, será possível construir uma sociedade mais sadia, condizente com o que prega a Constituição brasileira.