Na Idade Média, os indivíduos que se desviassem dos ideais da igreja católica eram perseguidos, linchados e mortos, muitas vezes, pelo Tribunal do Santo Ofício. Hoje em dia, no Brasil, percebe-se a continuidade dessa hostilidade, agora nas redes sociais com a cultura do cancelamento, que tem provocado sérios danos ao corpo social. Nesse sentido, configuram-se com raízes do problema a falta de fiscalização nas redes sociais e o mal enraizado no homem.
É válido ressaltar, de início, a falta de fiscalização nas plataformas digitais de interação social como um empecilho a ser superado. Nesse viés, no livro “1984”, do escritor inglês George Orwell, durante dois minutos a população pode expressar seu ódio em frente à “teletela”. Fora da ficção, no Brasil, indivíduos que se posicionam de maneira questionável sobre algum assunto são “bombardeados” com mensagens de ódio na internet. Dessa forma, devido a esse “linchamento digital”, muitos indivíduos desenvolvem diversos problemas mentais, como a depressão, e se isolam socialmente. Logo, é fundamental mudar esse quadro.
Outrossim, o mau é algo inerente ao ser humano e deve ser levado em consideração. Nesse sentido, como disposto pelo filósofo contratualista Thomas Hobbes, o homem é mau por natureza, e só o Estado pode garantir o bem estar social. Nesse sentido, por ser possível manter o anonimato nas redes sociais, muitos indivíduos se veem em um ambiente perfeito para disseminar seus males mais intrínsecos. Por conseguinte, as vítimas desse “tribunal virtual” são “condenadas” à exclusão de seus perfis, além de serem perseguidas cotidianamente. Destarte, enquanto houver ódio, essa mazela social se manterá.
Portanto, para atenuar a situação, o Ministério da Educação, por meio de verbas governamentais, deve promover palestras nas escolas, que serão ministradas por psicólogos, com o fito de educar as crianças quanto ao uso das redes sociais, além de promover campanhas midiáticas sobre os danos provocados pelo cancelamento. Só assim, com educação e campanhas, o tecido social brasileiro se distanciará, cada vez mais, da realidade distópica de “1984”.
MariaLuiza1313
Olá, espero poder te ajudar um pouco…
C1; 160 (VÍRGULA E PONTUAÇÃO).
OTÍMA GRAMÁTICA.
C2; 200 (ÓTIMOS REPERTORIOS E ORGANZAÇÃO TEMÁTICA).
C3: 200 (ÓTIMA ARGUMENTAÇÃO).
C4; 200 (ÓTIMO UO DO CONECTIVOS E TAMBÉM NÃO VI REPETIÇÃO EXECESSIVA DE PALAVRA).
C5: 160.
AGENTE: Contém
AÇÃO: Contém
MODO: Não contém.
EFEITO: Contém.
DETALHAMENTO: Contém.
NOTA: 920.
Samuel1818
Opa, William!
Gostei bastante do seu texto. Que a estrutura dele está muito bem feita, isso é inegável.
•Agora algumas observações…
-“configuram-se com raízes do problema…”. Corrija esse ‘com’ para *como*;
-Seus ARG.1 e ARG.2 são, respectivamente: “falta de fiscalização” e “mal enraizado”, os quais deverão ser citados nos parágrafos do Desenvolvimento. Você faz isso, porém, usa a repetição de palavras no ARG.1 e torna o texto redundante. O ideal seria buscar sinônimos, por exemplo: (falta-escassez);
-Tanto no 2° parágrafo como no 3°, você traz a palavra ‘ódio’. Tudo bem que encaixou, mas fica redundante. Troque por: (ódio-rancor), por exemplo;
-Como você trouxe dois tópicos na argumentação, o corretor espera duas propostas de intervenção. No seu caso, uma solução para a falta de fiscalização, e outra para o mal enraizado. Pelo o que eu entendi, sua proposta do MEC é para resolver o mal enraizado, já que, com a educação, podemos “cortar as raízes” desse mal. Mas faltou uma solução para seu argumento da fiscalização;
C1- Domínio da norma-culta, 160pts. Seu vocabulário e gramática são bons, com poucos desvios da norma-padrão;
C2- Compreender a proposta e aplicar repertório sociocultural, 200pts. Gabarita nessa competência, você não foge do tema, explica sobre ele e ainda usufrui de um contexto histórico(Idade Média), um livro (“1984”) e uma alusão à Filosofia(com Thomas Hobbes). Tudo isso são repertórios que fortalecem sua redação;
C3- Organização dos argumentos selecionados, 200pts. Fecha também nessa. Percebe-se que seu texto possui um seguimento de ideias, as quais se complementam e convencem o leitor;
C4- Elementos coesivos, 200pts. O uso dos conectivos é muito bem feito, essenciais para interligar os parágrafos;
C5- Propostas de intervenção, 180pts. Você fez uma proposta para o “mal enraizado” completa, o que lhe garante 200. Mas como eu falei antes, que faltou solucionar a falta de fiscalização, por segurança, tirei alguns pontos, pois caso o corretor seja mais rígido, é capaz de pegar no seu pé e cobrar da ausência dessa proposta.
Nota: 940
Parabéns pela nota, cara! Excelente redação, está muito bem desenvolvida e elaborada. Boa sorte nos estudos, e rumo ao 1000!!! ;)