No primeiro semestre de 2021, os brasileiros se comoveram com a história de um garoto de 11 anos que foi acorrentado dentro de um barril, tendo que comer suas próprias fezes e dormir ao relento. Ainda que ocorrido pareça atroz o suficiente para não ser recorrente, o abandono de incapaz é um problema que obstrui a qualidade de vida não só de crianças e adolescentes, como também de idosos e pessoas portadoras de doenças mentais e físicas. Infelizmente, esse tipo de negligência é associada à falta de instrução do responsável e estabelecimentos de abrigo.
Lamentavelmente, a negligência do encarregado legal para com o inapto é a maior e mais cruel causa do abandono. Cerca de 4000 crianças morrem por ano em acidentes em casa por falta de supervisionamento, fato que mostra a importância de um encarregado que tenha condições mentais e físicas para cuidar, já que muitas vezes esse cuidador pode ser ébrio, usuário de drogas, ou apresentar alguma disfunção mental. Nessa perspectiva é importante que os três poderes dialoguem para que as leis se tornem mais eficientes, visando a proteção do incapaz.
Naturalmente, aquele que é responsável legal de indivíduos possuem obrigações e afazeres, e para a realização destes, é comum a pessoa dependente encontrar-se em situação de abandono. De acordo com pesquisas realizadas pelo IBGE, existem mais de 11,8 milhões de crianças de 0 a 3 anos, e apenas três milhões de matrículas em creches que correspondem a essa faixa etária, e não muito distante desta realidade, idosos que moram sozinhos muitas vezes não recebem ajuda de familiares ou pessoas próximas. Conclui-se que número de creches, asilos e instituições que abrigam pessoas com deficiências não são suficientes e pouco acessíveis, agravando o cenário de abandono.
Enfim, torna-se nítido que medidas para mitigar o abandono de incapaz sejam tomadas, tornando a tenaz quiproquó não mais existente. Logo, cabe ao Governo Federal, junto ao Ministério da Educação, promover a construção de mais escolas de tempo integral e asilos, principalmente em regiões mais pobres, por meio de dados de pesquisas realizadas pelo IBGE, que apontará os locais mais apropriados para as construções. Paralelamente, é necessário que tenha critérios de priorização com finalidade de ofertar vagas para pais que realmente precisem e estão devidamente cadastrados no programa de baixa renda e Bolsa Família. O garoto de 11 anos foi resgatado e levado ao hospital, hoje ele está sob a tutela de um novo responsável, e apesar dos males sofridos sob a supervisão de pessoas não aptas, o menino segue em frente.
sharaf
Olá, tudo bem?
Seu texto é muito bem elaborado, mas vamos às considerações:
Competência I: 160. A redação apresenta alguns desvios de pontuação e concordância verbal.
Competência II: 200. O texto foi desenvolvido com argumentos consistentes, com repertórios socioculturais plausíveis e domínio do gênero textual.
Competência III: 200. Texto organizado.
Competência IV: 160. Elementos coesivos inter e intraparágrafos bons, no entanto, alguns conectivos não apresentam impessoalidade (como no caso de “infelizmente” e “lamentavelmente”).
Competência V: 160. A proposta de intervenção apresenta a finalidade subentendida, mas possui todos os outros detalhamentos coerentes com o restante do texto.
Total: 880