Segundo o escritor britânico Oscar Wilde, “a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou uma nação”. Todavia, indubitavelmente, percebe-se que tal alegoria não consegue ser empregada no país, ao se observar a insatisfação da população mediante os desafios para a efetivação dos direitos do consumidor na nação e sua impraticabilidade. Logo, faz-se imperiosa a análise dessa questão intrínseca à sociedade, que tem como motivadores a desconscientização da população e a omissão estatal.
A priori, a falta de informação dos cidadãos acerca do mercado contribui para os valores exorbitantes das coisas. Consoante o engenheiro brasileiro Victor Bello Accioly, “mais importante do que qualquer campanha política é a conscientização popular”. Isto é, o conhecimento público quanto aos direitos do consumidor é de caráter essencial para a impossibilidade de furtos e fraudes. Entretanto, vê-se que há certo aproveitamento desse fator pelos comércios, os quais elevam os preços dos produtos excessivamente com o intuito de ampliar o seu lucro com o seu índice de vendas estável. Dessa forma, a população se encontra inconsciente quanto aos seus direitos conturbados.
Ademais, é fundamental salientar a falibilidade estatal no que se refere a atribuição dos direitos consumistas à população. Conforme o artigo 5° da Constituição Federal, “compete ao Estado promover na forma de lei a defesa do consumidor”. Contudo, a falta de ação do governo o torna omisso na questão da realização de tais atos, o que faz, assim, com que as normas de ordem pública sejam invalidadas pelas vontades das partes e o consumidor vulnerável em relação ao consumo. Diante de tal exposto, a tentativa de aplicação dos direitos consumistas se torna imprática e, desse modo, o Estado se mostra incapaz de efetivar os direitos dos cidadãos.
Infere-se, enfim, que a desconscientização popular e a omissão estatal são os principais entraves para a resolução da problemática. Portanto, urge que o Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) atue por meio de um projeto de conscientização, denominado “Saber Popular”, a fim de informar a população sobre seus direitos no consumo. Logo, dentro desse projeto, é dever dos meios midiáticos e suas equipes responsáveis criar blogs e vídeos sobre os direitos consumistas, que deverão ser compartilhados em plataformas de streaming e em redes sociais. Assim, a alegoria de Wilde conseguirá ser empregada na sociedade brasileira.
Camilayyy
Sua redação está muito boa, só observei alguns erros de pontuação, acho que deveria ter argumentado um pouco mais. Mas, quero parabenizá-la por seus repertóorios, o uso de conectivos, e sua proposta de intervenção.
Competência 1- 120
Competência 2- 120
Competência 3- 200
Competência 4- 200
Competência 5- 200
Nota :840