Iniciante

A falência do sistema prisional no Brasil

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Em 1992, o Brasil presenciava uma das maiores chacinas de sua história; o Massacre do Carandiru. Na ocasião, 111 homens (todos detentos) foram mortos em uma ação policial, sendo reconhecido como um trágico episódio no que concerne ao sistema carcerário nacional.  É fato que o evento em questão edifica a discussão acerca da falência do sistema prisional no Brasil, tendo como relevantes agravantes a desumanização de presos e a insistência na lógica punitiva e antieducativa. 

A priori, é válido salientar que o debate ante o aprisionamento, no território nacional, deve permear contextos históricos e sociais pertinentes. Nesse sentido, o documentário “A 13° Emenda”, disponível na plataforma “Netflix”, relaciona o encarceramento em massa com a herança escravocrata e elitizada da história moderna. Apesar da produção ser estadunidense, é possível estabelecer um paralelo direto com a realidade brasileira, haja vista o passado colonial. Posto isso, é evidente que o sistema penitenciário nacional remete diretamente às hierarquias envolvendo desumanização de determinados públicos, como o observado no Carandiru – onde os detentos eram descartáveis.

Ademais, de forma interseccional, o óbice da desumanização está vinculado, também, com a ultrapassada lógica que sobrepõe punição à reeducação. Sob tal ótica, o rapper Djonga, na música “Favela Vive 3”, afirma: “um mano meu foi preso roubando manteiga, saiu da tranca quis assaltar o banco”, reforçando que o sistema prisional brasileiro carece de projetos efetivos de reabilitação social. Desse modo, infere-se, outrossim, que o ambiente alimentado pela proposta punitiva negligencia o panorama da reincidência criminal, contribuindo com a superlotação das instituições.

Portanto, revela-se imperiosa a ação do Estado brasileiro na reforma dos modelos prisionais, por intermédio de órgãos culturais e educativos, que devem atuar como agentes de reabilitação. Assim, o Brasil, gradualmente, poderá encarar um cenário mais otimista no que tange ao seu sistema carcerário, que, mais humanizado, não deve repetir ações como as vistas em 1992 e, tampouco, reforçar as heranças hierárquicas no âmbito.

 

{Queria saber se ficou muito repetitivo o uso de “Brasil/brasileiro/nacional”. Tentei substituir um com”tupiniquim” mas me pareceu vincular a questão indígena – já que citei o período colonial. Se puderem, por favor, me indicar sinônimos pra evitar essa repetição eu agradeceria muito)

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3 Correções

  1. Olá! Primeiramente, quero dizer que, assim como você, sou apenas um estudante. Então, me desculpe por qualquer equívoco.
    Fiz a correção com base no Enem.

    Em 1992, o Brasil presenciava uma das maiores chacinas de sua história;(1) o Massacre do Carandiru. Na ocasião, 111 homens (todos detentos) foram mortos em uma ação policial, sendo reconhecido como um trágico episódio no que concerne ao sistema carcerário nacional. (2)É fato que o evento em questão edifica a discussão acerca da falência do sistema prisional no Brasil(3), tendo como relevantes agravantes a desumanização de presos e a insistência na lógica punitiva e antieducativa.
    (1) Aqui deveria ser dois pontos?
    (2) Seria interessante colocar um conectivo.
    (3) Pode substituir por “sistema prisional em nosso país”.

    A priori, é válido salientar que o debate ante o aprisionamento, no território nacional, deve permear contextos históricos e sociais pertinentes. Nesse sentido, o documentário “A 13° Emenda”, disponível na plataforma “Netflix”, relaciona o encarceramento em massa com a herança escravocrata e elitizada da história moderna. Apesar da produção ser estadunidense, é possível estabelecer um paralelo direto com a realidade brasileira, haja vista o passado colonial. Posto isso, é evidente que o sistema penitenciário nacional remete diretamente às hierarquias envolvendo desumanização de determinados públicos, como o observado no Carandiru – onde os detentos eram descartáveis(4).
    (4) Não sei se eu entendi direito, mas me pareceu uma metáfora.

    Ademais, de forma interseccional, o óbice da desumanização está vinculado, também, com a ultrapassada lógica que sobrepõe punição à reeducação. Sob tal ótica, o rapper Djonga, na música “Favela Vive 3”, afirma: “um mano meu foi preso roubando manteiga, saiu da tranca quis assaltar o banco”, reforçando que o sistema prisional brasileiro carece de projetos efetivos de reabilitação social. Desse modo, infere-se, outrossim(5), que o ambiente alimentado pela proposta punitiva negligencia o panorama da reincidência criminal, contribuindo com a superlotação das instituições.
    (5) “Outrossim” é sinônimo de “do mesmo modo”. Então, colocar essas palavras em sequência fica redundante. Sugiro retirar outrossim.

    Portanto, revela-se imperiosa a ação do Estado(6) brasileiro(10) na reforma dos modelos prisionais(7), por intermédio de órgãos culturais e educativos(8), que devem atuar como agentes de reabilitação(9). Assim, o Brasil, gradualmente, poderá encarar um cenário mais otimista no que tange ao seu sistema carcerário, que, mais humanizado, não deve repetir ações como as vistas em 1992 e, tampouco, reforçar as heranças hierárquicas no âmbito.
    (6) Agente;
    (7) Ação;
    (8) Meio;
    (9) Efeito/objetivo;
    (10) Sugiro retirar “brasileiro” para evitar repetição.

    Notas:
    C I – 200
    C II – 200
    C III – 200
    C IV – 200 (Usa bem os conectivos, mas achei que faltou um na introdução)
    C V – 160 (Faltou o detalhamento)

    Espero ajudar de alguma forma.
    Parabéns! Boa sorte!

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  2. Oi, Thais!
    Sou iniciante ainda e pude aprender muito com sua redação!

    Parabéns! O tema foi trabalhado de uma forma clara e objetiva. Além disso, a proposta de intervenção também está excelente.
    A minha única sugestão é de no seguinte trecho do primeiro parágrafo: ” Na ocasião, 111 homens (todos detentos) foram mortos em uma ação policial, sendo reconhecido como um trágico episódio no que concerne ao sistema carcerário nacional.”
    Você tirar o parênteses e escrever somente: 111 detentos foram mortos. E outro ponto seria evitar utilizar Brasil mais de uma vez em um mesmo parágrafo, tenta colocar em território brasileiro ou país em desenvolvimento.

    E mais uma vez obrigada pelo seu texto. Vou utilizá-lo para estudar.

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  3. Oii , boa tarde ! Irei corrigir de acordo com meus conhecimentos.
    INTRODUÇÃO: ficou boa apresenta a tese e o tema que será abordado .
    DESENVOLVIMENTO: você utilizou muito bem seus repertórios e conseguiu desenvolver muito bem seu texto e não fugiu ao tema .
    CONCLUSÃO: ficou um pouco desorganizada , além disso faltou o modo e o detalhamento.

    De modo geral seu texto ficou bom , porém é necessário mudar algumas coisas.
    SINÔNIMOS : brasiliano e canarinho .

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