Combate ao Assédio Moral no Local de Trabalho no Brasil

 O filme “O Diabo Veste Prada”, lançado em 2006, retrata a vida da jovem Andrea, que conseguiu um emprego na maior revista de Nova York. Porém, a mesma começa a ter problemas com sua nova chefe Miranda, que contantemente manda Andrea executar trabalhos que vão além do seu real cargo e a humilhando na frente da equipe. No entanto, apesar do filme ter uma história fictícia, cenários semelhantes ao da obra são constantemente vistos em empresas brasileiras, haja vista o alto índice de assédio moral no local de trabalho no Brasil. Assim, seja pelo sobrecarregamento de tarefas, seja pela utilização de palavras que causam constrangimento, o tema supracitado necessita de resolução

 Em primeiro plano, cabe destacar o sobrecarregamento de operários com funções além do seu real cargo, como um dos principais contribuidores para a problemática. Isso ocorre, pois, muitos superiores, por uma questão de hierarquia, tem maior poder sobre os demais. Entretanto, observa-se, que muitos acabam ordenando mais tarefas do que as habituais do indivíduo, o que pode levar o mesmo a um cansaço tanto físico, quanto mental. Exemplo disso ocorre na série “Stranger Things”, que ilustra, em alguns de seus episódios, a personagem Nancy no seu novo emprego, em que seu chefe sempre está dando diferentes obrigações acima do seu cargo, levando a jovem ao extremo. Desse modo, se intervenções não forem tomadas, situações como a de Nancy continuarão sendo vistas no cenário hodierno.

 Em segundo plano, vale ressaltar o direcionamento de palavras desconfortáveis contra o trabalhador, como sendo o principal fator para a contribuição do dilema. Isso se dá, uma vez que, diversos chefes ferem seus empregados com palavras duras e humilhantes. Tais cenários costumam ocorrer na frente de várias pessoas, com o proposito de causar um constrangimento no outro, o que pode acabar gerando problemas no emocional da pessoa. Segundo a Constituição Federal de 1988- norma de maior hierarquia jurídica do pais-, todos merecem respeito. No entanto, assiste-se a um desrespeito à carta magna, tendo em vista a continuação de cenas de humilhação que ainda se repetem.

 Conclui-se, portanto, que mudanças são necessárias. Nesse sentido, o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos, em parceria com as redes sociais e mídias publicitárias, deve apresentar conteúdos educativos sobre o tema , em horários estratégicos, com o fito de alcançar um maior público, para que as pessoas possam ter um maior conhecimento sobre o assunto. Dessa forma, o problema poderá ter fim.