A Constituição Federal de 1988 afirma que todos possuem o direito à mobilidade urbana eficiente. No Brasil, entretanto, essa garantia nem sempre é posta em prática, uma vez que o precário sistema de transporte público brasileiro incentiva a compra de veículos individuais, gerando maior volume no tráfego, e a concentração de escolas, hospitais, comércios e outros serviços em algumas regiões acarreta na migração de grande parte da população para tais áreas.
Nesse viés, cabe lembrar o conceito do “cidadão de papel”, do jornalista Gilberto Dimenstein, que afirma que o indivíduo brasileiro possui os direitos, previstos na Constituição Federal, limitados ao campo teórico. Tal limitação se mostra no atual péssimo sistema de transporte público, em que muitos não têm acesso, gerando a insatisfação por parte da população que recorre à compra de veículos individuais para driblar ônibus e metrôs lotados. Esse consumismo no setor automobilístico traz novo volume no tráfego e gera diversos problemas, como aumento no índice de acidentes, maior congestionamento e lentidão no trânsito.
Ademais, desde a urbanização, durante o Neolítico, houve alta concentração em localidades, que dependiam da locomoção como prática fundamental para o comércio e troca de experiências. Hoje, essa concentração em algumas regiões se mostra exacerbada, principalmente em capitais e regiões metropolitanas, onde há maior número de universidades, bancos, escolas, hospitais e transnacionais, ocasionando migração de parte da sociedade para tais locais. Isso resulta em altos índices populacionais nessas regiões, em contraste com as interioranas, o que gera um fenômeno conhecido como “inchaço urbano” e agrava o problema do trânsito, já que mais pessoas significam mais espaço ocupado.
Portanto, medidas devem ser tomadas para solucionar a problemática. Nessa perspectiva, o Ministério da Infraestrutura, aliado ao Governo Federal, deve tomar medidas que visem, respectivamente, melhorar o transporte público e aumentar a ocupação de regiões interioranas. Para isso, o Ministério da Infraestrutura deve expandir o programa de bicicletas compartilhadas, ampliar ciclovias e aperfeiçoar o sistema de ônibus e metrôs, além de torná-lo acessíveis a todos. Paralelamente, o Governo Federal deve ordenar a construção de universidades, escolas, hospitais nas cidades interioranas, além de incentivar a implantação de shopping centers e outras iniciativas privadas nessas localidades. Assim, o brasileiro terá um de seus direitos, previstos na Constituição, cumprido e deixará de ser, em parte, um cidadão de papel.
JoãoM.
Oi, boa noite.
Vou tentar te ajudar um pouco.
Gostei muito do desenvolvimento do seu texto, bem pontuado e acentuado.
Mas é preciso evitar a repetição de palavras ao longo do texto.
E tentar melhorar um pouco a introdução do seu tema, aperfeiçoar a sua contextualização.
Por fim na sua conclusão antes de apresentar sua solução ao problema, fazer uma breve retomada da tese.
Espero ter ajudado 🙂.