A burguesia surgiu na Europa, durante a Idade Média, sendo formada, principalmente, por comerciantes sem riqueza, prestígio social ou relevância política. Esse exemplo de mobilidade social ocorre ainda hoje no Brasil, mas em caráter de exceção devido ao pensamento meritocrático vigente, que alarga desigualdades em todas as esferas sociais e econômicas, e pela falta de acesso ao ensino técnico e superior por uma parcela populacional, dificultando sua entrada no empreendedorismo.
Primariamente, o discurso meritocrático do sonho americano faz parte do imaginário coletivo brasileiro. Tal ideal, do indivíduo que nasce pobre e ascende à riqueza por meio do próprio esforço, ocorre, entretanto, em raríssimas exceções e a regra, como o experimento probabilístico de Fulano demonstrou, mostra que a tendência geral é a de pessoas continuarem nas classes sociais às quais pertenciam quando nasceram. Dessa forma, os abismos sociais se consolidam, sendo reforçados pela teoria meritocrática.
Ademais, a falta de acesso ao ensino superior e técnico – que pode ser relacionado ao que Goran Theborn definiu como um dos aspectos da desigualdade de recursos – fortalece o status quo da pirâmide social, uma vez que os detentores de capital podem investir em sua própria educação e na de seus familiares, sendo a formação acadêmica e técnica uma questão de escolha. Por outro lado, a população da classe baixa, muitas vezes, não possui capital para esse tipo de investimento. Nesse quadro, aqueles com maior qualificação intelectual tendem a ocupar posições mais valorizadas em empresas, como as de liderança, enquanto os menos favorecidos tendem a estar sempre abaixo de tais posições.
Portanto, o Ministério da Economia, em parceria com o Governo Federal, deve tomar medidas para facilitar a ascenção social por meio do empreendedorismo. Nesse viés, o Ministério da Economia deve taxar 90% das grandes fortunas e heranças no Brasil. Paralelamente, o O Governo Federal deve utilizar os recursos arrecadados das taxações para estatizar todas as escolas de ensino fundamental e médio, bem como as universidades privadas em território brasileiro, além de implementar cursos profissionalizantes e disciplinas de empreendedorismo em todo o ensino médio. Desse modo, os pontos de partida serão os mesmos para todos e a justificativa meritocrática será justa.
larahsilva_
C1 (Domínio da norma culta) = 200
C2 (Compreensão da proposta de redação) = 200
C3 (Selecionar, relacionar e organizar argumentos) = 200
C4 (Conhecimentos linguísticos para construção da redação) = 200
C5 (Proposta de intervenção) = 160 – na minha opinião, o trecho “o Ministério da Economia deve taxar 90% das grandes fortunas e heranças no Brasil” traz algo muito distante da realidade, podendo ser considerado até uma utopia)
Nota final = 960
Francis Galton > Fulano
Primariamente, o discurso meritocrático do sonho americano faz parte do imaginário coletivo brasileiro. Tal ideal, do indivíduo que nasce pobre e ascende à riqueza por meio do próprio esforço, ocorre, entretanto, em raríssimas exceções e a regra, como o experimento probabilístico de Fulano demonstrou, mostra que a tendência geral é a de pessoas continuarem nas classes sociais às quais pertenciam quando nasceram.