Para Aristóteles, filósofo grego, o homem é um animal social que se organiza em busca do bem-estar. Entretanto, essa prática organizacional se estende ao âmbito criminal e no Brasil é bastante presente, sendo causada e potencializada por um sistema carcerário ineficaz, que desumaniza os detentos, e pelas milícias, que fortalecem o crime organizado. Desse modo, o país perpetua organizações criminosas com instrumentos que deveriam combate-las.
Nesse contexto, o sistema carcerário brasileiro se configura ineficaz, pois a reincidência criminal é esperada e comum, demonstrando que ex-presidiários não se reintegram à sociedade e voltam a cometer infrações penais. Tal quadro contrasta com o exemplo norueguês, onde os infratores recebem educação profissional, moradias de qualidade, lazer, e mais de noventa porcento deles não voltam a cometer infrações penais. Assim, os presídios brasileiros desumanizam os presos e essa desumanização, por sua vez, contribui para que o número de criminosos se mantenha ou cresça.
Ademais, policiais corruptos, conhecidos como milicianos, parecem fortalecer a tese de Hanna Arendt, filósofa alemã, de que a violência foi normalizada por estar tão enraizada na sociedade. Essa normalização fortalece facções criminosas e põe a sociedade entre a cruz e a espada, uma vez que a população fica sem meios confiáveis e seguros, que a polícia deveria representar, para denunciar as infrações cometidas por bandidos, agora de ambos os lados, e acaba por aceitar esses grupos como parte de suas comunidades.
Portanto, o Poder Legislativo, em parceria com o Governo Federal, deve tomar medidas para combater, de maneira eficaz, as causas do crime organizado. Para isso o Poder Legislativo deve categorizar a prática miliciana como crime hediondo e aumentar as penas de policiais corruptos, devendo esses serem impedidos de exercitarem novamente a profissão. Em paralelo, o Governo Federal deve criar um programa de recompensa financeira para quem denunciar facções criminosas e milícias, além de adotar o modelo penitenciário da Noruega como padrão brasileiro, onde os encarcerados recebam educação técnica, atendimento psicológico, alojamentos de qualidade e tempo para o lazer. Assim, é possível que os animais sociais se unam para buscar somente o bem comum.
Noob
Boa noite. Sua redação está muito boa, não consegui achar erros.
Você fez citações interessantes.
Segue a nota;
C1: 150 = Bom domínio da língua portuguesa com poucos desvios.
C2: 180 = Apresenta uma argumentação consistente, com repertório sociocultural e um domínio excelente do texto dissertativo-argumentativo.
c3: 140 = Defende uma tese de forma organizada, com indícios de autoria. Capaz de apresentar opiniões, fatos e informações relacionados ao tema.
c4: 190 = Sabe articular as partes do texto com uso diversificado de recursos de coesão.
c5: 200 = Consegue apresentar proposta detalhada, coerente e relacionada à argumentação desenvolvida na redação.
NOTA FINAL: 860.
MarcioVitor
Para Aristóteles, filósofo grego, o homem é um animal social que se organiza em busca do bem-estar. Entretanto, essa prática organizacional se estende ao âmbito criminal e no Brasil é bastante presente, sendo causada e potencializada por um sistema carcerário ineficaz, que desumaniza os detentos, e pelas milícias, que fortalecem o crime organizado. Desse modo, o país perpetua organizações criminosas com instrumentos que deveriam combate-las.
Nesse contexto, o sistema carcerário brasileiro se configura ineficaz, pois a reincidência criminal é esperada e comum, demonstrando que ex-presidiários não se reintegram à sociedade e voltam a cometer infrações penais. Tal quadro contrasta com o exemplo norueguês, onde (1) os infratores recebem educação profissional, moradias de qualidade, lazer, e mais de noventa porcento deles não voltam a cometer infrações penais. Assim, os presídios brasileiros desumanizam os presos e essa desumanização, por sua vez, contribui para que o número de criminosos se mantenha ou cresça.
Ademais, policiais corruptos, conhecidos como milicianos, parecem fortalecer a tese de Hanna Arendt, filósofa alemã, de que a violência foi normalizada por estar tão enraizada na sociedade. (2) Essa normalização fortalece facções criminosas e põe a sociedade entre a cruz e a espada, uma vez que a população fica sem meios confiáveis e seguros, que a polícia deveria representar (3), para denunciar as infrações cometidas por bandidos, agora de ambos os lados, e acaba por aceitar esses grupos como parte de suas comunidades.
Portanto, o Poder Legislativo, em parceria com o Governo Federal, deve tomar medidas para combater, de maneira eficaz, as causas do crime organizado. Para isso o Poder Legislativo deve categorizar a prática miliciana como crime hediondo e aumentar as penas de policiais corruptos, devendo esses serem impedidos de exercitarem novamente a profissão. Em paralelo, o Governo Federal deve criar um programa de recompensa financeira para quem denunciar facções criminosas e milícias, além de adotar o modelo penitenciário da Noruega como padrão brasileiro, onde os encarcerados recebam educação técnica, atendimento psicológico, alojamentos de qualidade e tempo para o lazer. Assim, é possível que os animais sociais se unam para buscar somente o bem comum.
Observações:
1= “em que…”
2= coloque um conectivo.
3= por que a polícia não representa esse ente?? Não deixe pontas soltas.
C1(200) = A CI te avalia em demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
C2(200) = A CII te avalia em compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
C3(200) = A CIII te avalia em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
C4(160) = A CIV te avalia em demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
C5(160) = A CV avalia uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Nota: 920