A vida das mulheres carcerárias

É notório que a população carcerária feminina adquire um aumento significativo. Além disso, é fato que o sistema (!) majoritariamente machista e patriarcal (!) – recomendo o uso de vírgulas para separar essa frase. Ela ficou um tanto comprida e complicada. – contribui para o preconceito e desvalorização do gênero feminino, (!) – seria melhor o uso de um ponto final aqui. – seja pela cultura ao estupro, como pela ausência de higiene básica.

Em primeira análise, a objetificação do corpo e o culto ao assédio corroboram para um sistema carcerário violento. Conforme é retratado na série norte-americana (!) Vis a Vis (!) – para citar algo, usamos aspas. (“) – o abuso sofrido pela personagem Saray ao estar sedada na solitária pelo médico e membro do conselho da prisão Sandoval, o qual assediava as detentas que buscavam atendimento. Dessa forma, nota-se o abuso de poder e a invalidez designada às presas que necessitam de medidas resguardadas e respeito por parte dos próprios membros do comitê prisional.

(!) foi destacado, nesse parágrafo, o problema do assédio nas prisões femininas. Mas o problema não foi resolvido na proposta de intervenção. (!)

Em segunda análise, o descrédito com os suprimentos básicos destinados às mulheres promovem doenças e infeções perigosíssimas. De acordo com o livro baseado em relatos de ex presidiárias: “Presos que Menstruam”, pode-se observar que as mulheres por não receberem absorventes em seus kits higiênicos recorrerem à materiais como plástico, miolo de pão e até elementos que quando em contato com o órgão genital prolifera inúmeras bactérias. Logo, é imprescindível debates acerca da misoginia colocada sobre o corpo feminino para melhoria do sistema penal.

Destarte, o Departamento Penitenciário Nacional carece fiscalizar e punir os agentes penitenciários que se aproveitarem das presas. Nessa lógica, a Organização Mundial da Saúde em conjunto com a mídia necessita desmistificar o tabu social em relação à menstruação através de propagandas – que explicitem a importância e naturalidade do ciclo menstrual – e regulamentos impondo a distribuição mensal de absorventes nas penitenciárias para amenizar a realidade das internas.

segundo as competências do enem:

competência 1: 160 pontos
justificativa: Você possuí uma boa escrita, poucos erros de gramática. Recomendo estudar um pouco mais sobre a concordância verbal, e trabalhar nos erros apontados anteriormente.

competência 2: 120 pontos
justificativa: Não ficou muito claro o problema principal do assunto da redação. É abordado problemas de saúde e higiene, como também o abuso das detentas, mas faltou exaltar qual o problema principal.

competência 3: 120 pontos
justificativa: A argumentação possuí um desvio, no momento em que um dos problemas apresentados fica sem solução ao final do texto. O que demonstra um esquecimento de um dos pontos levantados durante a argumentação, uma ponta solta. É um problema deixar um parágrafo inteiro desconexo do restante da redação.

competência 4: 120 pontos
justificativa: Você fez duas referências de entretenimento, que estão bem relacionadas com o tema e demonstram um repertório variado. Mas ficou faltando alguma figura de autoridade sobre o assunto. Recomendo usar entretenimento como alusões, e não referências.

competência 5: 120 pontos
justificativa: a proposta de intervenção possuí os 5 elementos necessários (agente, ação, método, objetivo e detalhamento), porém é pouco desenvolvida e relacionada com a discussão levantada no texto. Não soluciona um dos problemas, e parece não se relacionar bem com o outro. As mulheres não tem acesso a suprimentos básicos de higiene, uma campanha de propaganda não parece uma solução direta do problema.

De forma geral, o texto é ótimo. Bem acima da média, com prática é possível extinguir os erros. Treine mais a forma como você relaciona e desenvolve as ideias, e o planejamento dos argumentos. Boa sorte!