Segundo Émille Durkheim, sociólogo francês, os fatos sociais podem ser normais ou patológicos. Esses últimos, possuem a capacidade de romper toda a harmonia social. Nesse sentido, observa-se que o uso de medicamentos estimulantes entre os jovens brasileiros constitui um fato social patológico, pois o consumo desenfreado desses fármacos causa malefícios cognitivos desconhecidos àqueles que são considerados o futuro da nação. Sob essa ótica, faz-se necessário debater não só a negligência das autoridades públicas a respeito desse entrave, como também a ineficácia da educação brasileira em formar indivíduos conscientes dos males advindos da automedicação irresponsável.
Precipuamente, é mister comparar a atitude negligente dos representantes públicos brasileiros com a “Atitude Blasé” – termo proposto pelo sociólogo alemão Georg Simmel no livro “The Metropolis and Mental Life” – que ocorre quando o indivíduo passa a agir com indiferença em meio às situações que ele deveria dar atenção. De maneira análoga, os políticos eleitos parecem fazer vista grossa à juventude brasilense, uma vez que poucas propostas são desenvolvidas e aprovadas com a finalidade de mitigar o uso ilegal de drogas estimulantes entre os moços. Nessa lógica, é inadmissível que um comportamento tão danoso como esse paire despercebido no âmbito nacional.
Outrossim, é válido ressaltar que, de acordo com os iluministas Diderot e D’Lambert, autores da “Enciclopédia”, a democratização da educação é fundamental no combate à alienação dos cidadãos. No entanto, embora esse fato seja constatado na teoria, não é desejavelmente colocado em prática no contexto brasileiro. Tal afirmação é comprovada nas escolas de nível médio, por exemplo, onde os aspirantes ao nível superior, movidos pela pressão social por desempenho, enxergam nas drogas estimulantes uma alternativa para melhorar seus rendimentos. Dessa forma, fica evidente a ineficiência da educação brasileira como ferramenta útil para conscientizar os jovens a respeito do uso de remédios estimulantes.
Em suma, o uso de fármacos excitatórios de forma ilegal entre os jovens persiste relutante no Brasil. Contudo, é possível esboçar um caminho para reverter esse quadro. Logo, a fim de solucionar grande parte do problema, cabe aos representantes políticos da União, do Estado e dos municípios, em parceria com o Ministério da Saúde e com as escolas, formular e realizar projetos educativos relacionados ao uso dessas substâncias entre a mocidade. Esses projetos deverão interagir com a comunidade escolar de nível médio por meio de palestras e campanhas de combate ao uso daqueles remédios no meio acadêmico. Dessa forma, espera-se não só estreitar os laços entre o Estado e a comunidade escolar, como também chamar atenção para essa patologia social.
harmon
Gustavo, seu texto está excelente!
Pontuarei da seguinte forma:
C1= 180 (cuidado com algumas expressões populares como ‘vista grossa’, procure sinônimos, bem como a falta do i na palavra brasiliense – mas pode ter sido erro de digitação).
C2= 200 (repleto de repertórios produtivos)
C3= 200 (extremamente coerente)
C4= 200 (rico em conectivos)
C5= 200 (proposta de intervenção completa).
Merece a nota máxima, continue praticando que vc vai conseguir!
vitoriamilhomesz
INTRODUÇÃO: Ficou muito boa. Você já iniciou de cara com outra área de conhecimento enriquecendo seu texto. Você também soube expor o tema e suas teses.
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I DESENVOLVIMENTO: Já começa bem interessante com a citação do sociólogo Georg Simmel. Ficou muito bem colocada e conexa com a problemática.
“vista grossa” >> Cuidado com esses termos, podem não ser bem compreendidos por quem está lendo. Evite-os!
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II DESENVOLVIMENTO: Também muito bom. Bem explicativo e argumentativo.
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CONCLUSÃO: Muito boa e possui os 5 critérios exigidos.
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PARABÉNS!!!!!!!!!!!