Na Grécia Antiga, o esporte simbolizava um instrumento fundamental para a população, uma vez que os gregos valorizavam a aparência física. Durante essa época, mulheres, escravos e estrangeiros — considerados como bárbaros — eram proibidos de realizar atividades esportivas. Felizmente, essa realidade grega se contrapõe ao cenário brasileiro, dado que, atualmente, o esporte é uma ferramenta utilizada para a integração de todos, incluindo portadores de deficiência, bem como favorece o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Entretanto, mesmo assim, problemas relacionados à negligência estatal impedem a efetivação completa da inclusão social.
Em primeira análise, vale destacar a importância das atividades físicas nos ambientes escolares. Desde o período colonial, a capoeira representa uma das riquezas brasileiras, visto que proporcionou aos escravos o lazer e o acesso à cultura. Sob essa ótica, as práticas esportivas no colégio contribuem para a formação cultural dos indivíduos e para o resgate de valores essenciais à vida em sociedade. Isso se deve ao fato de que esportes, como o basquete, proporcionam não só melhorias nas habilidades cognitivas, mas também auxiliam o jovem a lidar com as diferenças. Nesse sentido, essa prática colabora com o fim do preconceito e permite outra perspectiva para os portadores de necessidades especiais.
No entanto, o descaso do poder público em relação à infraestrutura e ao incentivo de projetos sociais, é um grande impasse no Brasil. Segundo a Constituição de 1988 — lei de maior importância do país — é dever do Estado promover a dignidade e o bem-estar social do homem. Nesse viés, a efetivação da lei não ocorre, uma vez que apenas em grandes metrópoles as quadras esportivas contêm a estrutura ideal para portadores de deficiência. Além disso, a ausência de profissionais preparados para trabalhar com determinada necessidade especial desvela outra problemática acerca do assunto.
Depreende-se, portanto, a tomada de decisões para ultrapassar o obstáculo. O MEC, juntamente ao Ministério do Esporte, deve estabelecer parcerias público-privadas para a democratização das atividades esportivas. Tal ação ocorrerá por meio da implantação da infraestrutura adequada para portadores de deficiência — com presença de rampas nas quadras esportivas e/ou outras necessidades — aliada à disponibilização de cursos profissionalizantes específicos para atuantes do ramo, realizados por pedagogos especializados na área, com o intuito de alcançar a equidade social. Dessa forma, a sociedade brasileira estará mais distante da realidade histórica grega, tornando-se mais igualitária e empática.
nathaliaschinaider
Ótima redação!
No título é interessante o uso de palavras que não dê um “spoiler” do texto.
Teve uma boa utilização de sinais de pontuação e gramática.
Quando for usar siglas coloque o nome completo da constituição entre parágrafos.
Excelente repertório sociocultural.
Bons argumentos e boas propostas, parabéns!
Tiraria sem dúvidas mais de 900 pontos no ENEM.
isabellallopes
Redação excelente.
Ótimo uso dos sinais de pontuação, e boa conectividade entre os parágrafos.
Excelente repertório sociocultural.
Só fique tenta ao uso de siglas, quando for a primeira vez citada, coloque o nome por completo da instituição referida.
Exemplo: MEC (Ministério da Educação).
Ian Felipe Tavares Santos
QUE REDAÇÃO FODA! Parabéns!!!
Correção banca do enem 2020
C1: 160
C2: 200
C3: 200
C4: 200
C5: 200
Nota: 960, podendo aumentar ou diminuir 80 pontos.
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