As dificuldades de uma sociedade desigual

De acordo com o Artigo 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Todos os seres nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, no entanto, não é o panorama que se encontra no Brasil. A distribuição de renda ocorre de maneira heterogênea, favorecendo a concentração de capital por uma parcela ínfima da sociedade, originando na primeira desigualdade.

Atualmente, o Brasil possui uma das piores concentrações de renda do mundo, a manutenção desse quadro é prejudicial para o mantimento da cidadania, visto que, aqueles que não detém bens financeiros são negligenciados pela hierarquia social que é estabelecida, na qual, a oligarquia prevalece no topo. Sob essa ótica, pode-se  relacionar à frase do poeta Henry Wadsworth, “Metade do mundo tem que suar e gemer, para que a outra possa sonhar”, já que aproximadamente 104 milhões de brasileiros vivem com um montante inferior a metade do salário mínimo, enquanto 45 pessoas desfrutam de bilhões.

Além disso, a pandemia foi mais um motivo para acentuar a desigualdade social, pois afetou as áreas comerciais influenciando nas demissões, e por seguinte, aumentando o percentual de desemprego, inviabilizando a permanência de padrões de vida adequados. A consequência desse infortúnio é a falta de alimentos, constatada por volta de 1/4 da população.

Portanto, nota-se que o país abriga diversas desigualdades, e os primórdios dos problemas encontram-se na distribuição inadequada de renda, que impossibilita a cidadania brasileira. Segundo o filósofo Nietzsche, “A desigualdade dos direitos é a primeira condição para que haja direitos”, dessa forma a primeira exigência foi atendida para que as autoridades competentes busquem as melhores maneiras de mitigar as diferenças na sociedade.