Os estigmas associados a doenças mentais no Brasil

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Em 1988, Ulysses Guimarães promulgou a Carta Magna e estabeleceu que o direito à saúde deveria ser garantido a todos. Entretanto, a baixa importância dada às doenças mentais se mostra grave problema social, de modo que a promessa de Guimarães está distante de ser a realidade no Brasil. Com efeito, há de se desconstruir não só a falta de tratamento adequado, mas também o individualismo.

 

Nessa linha de raciocínio, convém ressaltar que a ineficiência nos cuidados de pessoas com distúrbios mentais impossibilita o progresso da sociedade. Sob esse viés, durante longos anos, alguns escritores defenderam que a depressão e a ansiedade eram situações poéticas que tinham que ser romantizadas. Todavia, Philippe Pinel – renomado psiquiatra – foi pioneiro tanto na busca pelo reconhecimento da necessidade de saúde mental a todos, quanto nas pesquisas para a adequação do tratamento – realizado por psicoterapias e uso de remédios. Dessa maneira, parte da população mantém a visão retrógrada de alguns escritores acerca dos distúrbios mentais e devido à desinformação, tendem a não procurar ajuda médica e, consequentemente, sofrem cada vez mais com a perda da qualidade de vida. Logo, é incoerente que mesmo sendo nação pós-moderna, o Brasil ainda sofra com a negligência nos tratamentos médicos.

 

Ademais, o modelo individualista seguido pela nação verde-amarela potencializa a exclusão social. A esse respeito, Simone de Beauvoir – expoente filósofa francesa – desenvolveu o conceito de Invisibilidade Social, que consiste na estratégia racional de ignorar grupos marginalizados. Nessa perspectiva, embora doenças psicossomáticas – como Transtorno de Ansiedade Generalizada – tenham se tornado comum no século XXI, ainda há visões preconceituosas, nas quais acreditam que tais distúrbios são exageros e podem ser resolvidos sem que haja apoio médico, visões estas demasiadamente equivocadas e desrespeitosas. Assim, a denúncia feita por Beauvoir se adequa à parte da população e enquanto a discriminação se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos maiores problemas de saúde pública: os distúrbios psicológicos.

Fica evidente, portanto, que as doenças mentais precisam ser valorizadas no país. Sendo assim, cabe ao Ministério da Saúde propor um aumento da visibilidade para casos de doenças mentais, por meio de ampliações nos números de profissionais de saúde e nos horários de consultas nos centros de atenção psicossocial(caps), a fim de levar o tratamento adequado a todos. Por sua vez, o Poder Executivo Federal deve atuar contra o preconceito, por meio da realização de debates, oferecidos por pesquisadores de dados estatísticos a respeito da problemática, a fim de tornar a sociedade mais informada e altruísta. Dessa forma, o direito garantido pela Carta Magna será uma realidade no Brasil.

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1 Correção

  1. Oi espero ajudar.
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    Intro: está boa, só um erro de gramática: mostra (um) grave problema social. De resto rudo certo.
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    D1: Tambem está muito bom. Argumentou muito bem colocou citação para fortificar seu ponto de vista.
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    D2: Aqui ouve um desviu vc começou a fala de exclusão social em vez de fala do individualismo. Olha vc falou nesse parágrafo mais sobre o pensamento generalizado das doenças do as pessoas pensando em si mesma.
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    Conclusão: tem todos os elementos 200 pts

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