O combate aos maus-tratos a animais.

Em um dos episódios da série da animação os Simpsons, a personagem Lisa cria a consciência de que os animais são seres sencientes, dessa maneira ela aprende sobre a ideologia vegana, tornando-se uma grande ativista dos direitos dos animais. Logo, percebe-se que a obra ficcional é uma clara ilustração de como o veganismo é indispensável para a luta pelo bem estar animal e combate aos maus-tratos. Nesse sentido, vale ressaltar que os veganos são oposição a todas as formas de exploração e crueldade contra os animais, seja na alimentação, vestuário ou em outras esferas de consumo. Dessa forma, o uso de animais para entretenimento e a insuficiência de apoio público e social são vistos como problemas.
Em primeira análise, segundo a lei 13873/19, a vaquejada é considerada uma prática esportiva e inerente à cultura nordestina, o texto promete assegurar o bem-estar animal, exigindo direito à alimentação e a agua. No entanto, apesar de ter seu valor cultural inerente, segundo estudos clínicos, os animais envolvidos são expostos a uma imensurável crueldade, muitas vezes a cauda é arrancada ou sofre algum tipo de lesão, o que compromete os nervos e a medula espinhal do bovino. Nesse contexto, a vaquejada possui respaldo jurídico, mesmo submetendo esses bichos a dor, uma vez que assegurar o bem-estar animal não é apenas sobre água e alimentação, mas também sobre proteger de abuso, feridas e mutilações.
Em segunda analise, observa-se contradição do poder público, visto que foi sancionada a Lei 1095/19 que aumenta a punição contra maus tratos a animais, em um mesmo ano que foi exaltada um pratica de maus tratos a bovinos. Diante do exposto, fica claro que o problema do especismo precisa ser desconstruído, pois segundo o ator e ativista, Joaquim Phoenix, “Quando olhamos o mundo através dos olhos de outro animal, vemos que, por dentro, somos todos iguais – e que todos nós merecemos viver livres do sofrimento”. Por certo, precisamos de mobilização social para que ocorra um combate real e significativo aos maus-tratos contra os bichos, extrapondo a esfera pública e o ativismo vegano.
Evidencia-se, portanto, a necessidade de ações interventivas do Estado, através da aplicação esforços no apoio a ongs e inciativas de combate aos maus-tratos contra animais, a exemplo dos movimentos liderados por veganos e vegetarianos, por meio da compra de espaço publicitário em programas televisivos em que serão vinculadas propagandas que denunciem o especismo. A partir disso, mais pessoas da realidade, como a lisa da ficção, poderão se tornar conscientes sobre a senciência dos animais.