Trabalho escravo em discussão no Brasil

Corrijo de volta!

No ano de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que proibia a escravidão no Brasil. No entanto, mesmo a prática tendo sido abolida no papel, ela ainda persiste no atual contexto nacional. Sob essa ótica, evidencia-se a necessidade da discussão do trabalho escravo no país, visto que tal cenário é extremamente prejudicial e, portanto, precisa ser erradicado. Nesse contexto, a problemática é influenciada pela má situação financeira que muitos brasileiros enfrentam, bem como pelo silenciamento acerca da questão – o que contribui para a manipulação de menores à escravatura. 

Em primeira análise, esse panorama caótico é causado pela escassez de recursos que diversos trabalhadores vivenciam. De acordo com a Constituição Federal, todos têm direito à liberdade e segurança, no entanto, esses direitos não são realmente assegurados, na prática, à população trabalhadora pobre, uma vez que essa sofre com a miséria e, por medo do desemprego, se sujeita a atividades laborativas exploratórias e inseguras. Para o sociólogo John Locke, esse quadro representa uma quebra do contrato social, pois, quando a coletividade aceita ser governada por um Estado, ela espera que este atenda os anseios sociais, amenizando a miséria, porém tal atividade estatal não ocorre na hodiernidade brasileira, haja vista a presença da escravidão no país. Dessa forma, a escravatura contemporânea é favorecida pela pobreza e ineficácia governamental. 

Ademais, a falta de debate sobre o trabalho escravo hodierno colabora para a manutenção dele. Segundo o filósofo Habermas, a linguagem é uma verdadeira forma de ação, entretanto, tal pensamento não é adotado no ambiente nacional, posto que a discussão acerca da escravização não é usada como instrumento de contenção da problemática. Nessa perspectiva, ao silenciar o revés, mais indivíduos passam a ser suscetíveis às atividades escravistas, por acreditarem que elas foram plenamente abolidas pelo sancionamento da Lei Áurea, o que não aconteceu na realidade. Desse modo, essa conjuntura de silenciamento afeta, principalmente, os jovens – que ainda estão em formação de sua postura crítica e são mais fáceis de manipular – além de consolidar o escravismo no Brasil atual. 

Portanto, medidas devem ser aplicadas para conter o infortúnio. Com o objetivo de erradicar o ofício escravocrata na nação, o Ministério do Trabalho deve, mediante verbas governamentais, ampliar a fiscalização direcionada aos trabalhos desumanos e o auxílio às vítimas. Ao fiscalizar e encontrar pessoas nessas condições, é preciso o resgate desses indivíduos e o fornecimento do Seguro-Desemprego a eles, que dará assistência financeira. Paralelo a isso, devem ser realizadas campanhas educativas sobre o assunto em todo o território nacional, a fim de trazer esclarecimento social. Sendo assim, o trabalho escravo será realmente abolido no país, como pretendia a Princesa Isabel. 

Sei que os parágrafos deveriam ser menores… sempre acabo me excedendo :(