[protected][box type=”info”] Esta é a proposta de redação do nosso Desafio de Redação! Se você quiser participar do Desafio (que é opcional), envie seu texto com base no tema desta página usando o botão vermelho ao final. Lembre-se que as redações enviadas para o Desafio nunca serão corrigidas, então você precisa enviar pelos canais normais também caso queira a correção da comunidade ou dos professores (para assinantes). Lembre-se também de cumprir os demais passos para que sua participação no Desafio seja válida! Boa sorte :)[/box]
Texto 1
Ao assistir a noticiários de televisão é comum nos defrontarmos com casos de crimes que chocam por sua astúcia e crueldade. A violência encontra-se entre as principais preocupações dos brasileiros e o medo passou a ser um sentimento comum no cotidiano das grandes cidades.
Há mais de 20 anos que os índices de homicídios e crimes violentos estão em níveis alarmantes, fato que tem instigado o estudo mais detalhado da criminalidade e da violência urbana. Esses estudos são importantes, pois quebram com mitos e noções imprecisas sobre a situação da violência e criam uma percepção crítica e mais rigorosa da situação da violência no Brasil hoje.
A violência é um fenômeno que tem afetado com maior intensidade a população urbana no Brasil. Comparando-se dados do Ministério da Saúde sobre mortalidade nas principais regiões metropolitanas brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo têm índices preocupantes de homicídios, mas não são essas duas capitais as mais violentas do Brasil, contrariando a imagem que se cria dessas cidades na opinião pública. Embora não apareçam com tanto destaque nos noticiários policiais em nível nacional, Recife, vitória e Maceió foram as regiões metropolitanas com maior incidência de homicídios para 100 mil habitantes no ano de 2005. (Localizado em http://www.mundojovem.com.br/artigos/violencia-urbana-no-brasil-as-vitimas-e-os-criminosos)
Texto 2
Sheila da Silva desceu o morro do Querosene para comprar três batatas, uma cenoura e pão. Ouviu tiros. Não parou. Apenas seguiu, porque tiros não lhe são estranhos. Sheila da Silva começava a escalar o morro quando os vizinhos a avisaram que uma bala perdida tinha encontrado a cabeça do seu filho e, assim, se tornado uma bala achada. Ela subiu a escadaria correndo, o peito arfando, o ar em falta. Na porta da casa, o corpo do filho coberto por um lençol. Ela ergueu o lençol. Viu o sangue. A mãe mergulhou os dedos e pintou o rosto com o sangue do filho.
A cena ocorreu em 10 de junho, no Rio de Janeiro. Com ela , a pietà negra do Brasil atravessou o esvaziamento das palavras. O rosto onde se misturam lágrimas e sangue, documentado pelo fotógrafo Pablo Jacob, da Agência O Globo, foi estampado nos jornais. Por um efêmero instante, que já começa a passar, a morte de um jovem negro e pobre em uma favela carioca virou notícia. Sua mãe fez dela um ato. Não fosse vida, seria arte.
A pietà pinta o rosto com o sangue do filho para se fazer humana
Sheila ouviu os tiros e seguiu adiante. Ela tinha que seguir adiante torcendo para que as balas fossem para outros filhos, outras mães. E voltou com sua sacola com batata, cenoura e pão. Ela ainda não sabia que a bala desta vez era para ela. Ainda nem havia sangue, mas a imagem já era terrível, porque cotidiana, invisível. A mulher que segue apesar dos tiros e volta com batata, cenoura e pão, furiosamente humana, buscando um espaço de rotina, um fragmento de normalidade, em meio a uma guerra que ela nunca pôde ganhar. E guerras que não se pode ganhar não são guerras, mas massacres. E então ela corre, esbaforida. E desta vez a batata, a cenoura, o pão já não podem lhe salvar.
A pietà pinta o rosto com o sangue do filho para se fazer humana no horror. E então nos alcança. Mas é uma guerreira desde sempre derrotada, porque nos alcança apenas por um instante, e logo será esquecida. E depois do seu, outros filhos já foram perfurados à bala. E seu sangue correu por becos, vielas e escadarias, misturando-se ao esgoto dos rios e riachos contaminados que serpenteiam pelas periferias.
A pietà da favela não ampara o corpo morto do filho como na imagem renascentista. Ela ultrapassa o gesto, porque aqui não há renascenças. Faz do sangue do filho a sua pele, converte o sangue dele no seu, carrega-o em si. Ritualiza. Neste gesto, ela denuncia duas tragédias: o genocídio da juventude negra que, desta vez, alcançou seu filho e o fato de que “genocídio” é uma palavra que, no Brasil, já não diz. Se para a dor da mãe que perde um filho não há nome, não existe palavra que dê conta, há um outro horror, e este aponta para o Brasil. A tragédia brasileira é que as palavras existem, mas já não dizem. (BRUM, Eliane. ‘O Golpe e os golpeados’. In: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/20/opinion/1466431465_758346.html)
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Com base na leitura dos textos acima e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo argumentativo sobre a violência urbana no Brasil, apresentando propostas de solução para o problema.
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Suyanne Passig Silva
No Brasil ha muita violência,que atingi mais as regiões do Rio de Janeiro e São Paulo são as mais afetadas. E as pessoas sofrem várias violência que pode ser tanto verbal quando física.
Wendson Carlos
Excelente tema para ser discutido aqui na comunidade. Parabéns a equipe!
Luana Leal
Quando sairá o resultado? Será anunciado aqui?